Enchentes mataram pomares e degradaram o solo em longo prazo
Uma importante reunião a respeito dos prejuízos das encheuntes à citricultura no Vale aconteceu sexta-feira, dia 07. A Câmara Regional de Citricultura reuniu produtores, secretários municipais e escritórios da Emater/Ascar-RS, para entregar números e reivindicações ao Estado. Uma iniciativa fundamental foi agregar a Ciência ao processo por meio da Ufrgs.
O presidente da Câmara, Ivan Streit, assinala relatos preocupantes na cadeia produtiva, desde mudas em viveiros até armazenamento em ‘packing house’. A preocupação é em longo prazo, enfrentando de imediato o solo encharcado e doenças que proliferam na umidade. “Hoje, para dimensionar em toneladas, ou quantidade por variedades, é praticamente um número imaginário”, afirma.
O Poder Legislativo foi representando pelo deputado Zé Nunes (PT), vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo; e o Executivo pelo engenheiro agrônomo Paulo Lipp, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação.
Ele chegou com propostas, priorizando os agricultores mais degradados. Estes deverão ser indicados pelas prefeituras e Emater para receber consultoria específica e focada na recuperação da fertilidade da terra.
Este longo processo de retomada produtiva será qualificado pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal (UFRGS), que trouxe ao Cetam Montenegro a professora do Departamento de Solos, Amanda Posselt Martins. Ela é uma sumidade no assunto, e destacou o imediato efeito de perda dos nutrientes. Estes estão na camada superficial – justamente onde o sistema radicular dessas plantas se alimenta –, mas que foi substituída por areia pobre em nutrientes. As entrevistas completas estão nos links.