MULHER foi agredida por vizinho no Cinco de Maio
Um desentendimento entre moradores acabou deixando uma série de lesões e fraturas em Sônia Mara Nunes da Conceição, de 46 anos. A moradora da rua Padre Alberto Träsel, no bairro Cinco de Maio, em Montenegro, relata ter sido agredida por um vizinho com uma barra de ferro. A mulher teve fraturas na face e no tornozelo direito.
Sônia conta que os desentendimentos com o vizinho são antigos, mas não sabe precisar quando começaram. Segundo ela, várias vezes o homem tentou usar sua cor de pele para ofendê-la. Já na última quarta-feira, dia 16, a situação ficou ainda mais grave.
A confusão começou de manhã. Ela relata que estava ajudando o marido a lavar um veículo quando o vizinho se aproximou. “Ele falou para meu marido que eu tinha xingado e feito gestos obscenos. Eu disse para o meu esposo não dar bola para ele, a gente via que ele queria encrenca”, conta Sônia. Ela e o marido se retiraram e ignoraram as provocações.
Contudo, no começo da noite quando a filha do casal chegou do trabalho ficou revoltada ao saber do ocorrido e foi até a casa do vizinho. “Ela foi lá perguntar o que estava acontecendo. A gente ouviu eles conversando e fomos ver o que estava ocorrendo. O vizinho já estava com a barra de ferro na mão ”, conta a vítima.
Com medo que o home pudesse bater em sua filha, Sônia pediu para que ela saísse de lá. “Eu disse que não queria confusão, puxei ela pelo braço, e nesse momento senti um estouro. Ele me acertou pelas costas com a barra de ferro. Senti o sangue jorrando e caí”, lembra a mulher. Com o tombo ela fraturou o tornozelo. “Ele estava mirando para me bater de novo. Meu marido imobilizou e puxou ele para o meio da rua. Meu esposo teve o cotovelo machucado”. Sônia teve ainda três fraturas no nariz e um grave ferimento no olho esquerdo.
A moradora foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital Montenegro 100% SUS. A Brigada Militar compareceu ao local e registrou ocorrência por Lesão Corporal. “Fiz o exame de corpo de delito na sexta-feira e estou aguardando a Polícia Civil me chamar para prestar depoimento”, diz a mulher.
Sônia irá processar judicialmente o vizinho e não quer mais morar no local. “Vamos vender a casa. Não dá pra ficar ali, tenho medo”, comenta. “Quero que ele pague pelo que fez. Eu poderia não estar viva, poderia ter sido com minha filha, e, daqui um tempo pode ocorrer com outra pessoa. Esse cara não pode ficar impune, quero que a justiça seja feita”, pede.
Sônia ainda irá fazer uma série de exames para avaliar os ferimentos causados nos olhos. Ela teme ter danos na visão por conta dos ferimentos. “Espero não ter sequelas”, torce.
Procurado pela reportagem, o homem acusado por Sônia não quis falar sobre o caso. O delegado responsável pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e titular da 1ª DP, André Roese, não soube informar se a investigação ocorrerá através da 1ªDP ou pela Delegacia da Mulher.
