Natural de Porto Alegre, o major João Luís Machado (foto) assumiu o comando do CRPO Vale do Caí no dia 12 de setembro. De lá para cá, Machado afirma que houve grandes avanços no policiamento da região. Uma das ferramentas utilizadas é o Programa Avante, implementado pelo Comando-Geral da Brigada Militar.
Qual a estratégia utilizada pela Brigada Militar para coibir os crimes no Município e na região do Vale do Caí?
Temos uma preocupação em modernizar a nossa gestão e hoje nós vemos, através do Programa Avante, a capacidade de, numa análise mais criteriosa, verificarmos os problemas que a comunidade enfrenta. Tudo de uma forma mais pontual para que possamos dar um retorno adequado com o recurso humano que temos. O Programa Avante moderniza as relações de trabalho na Brigada Militar. É uma ferramenta que veio para dar um diferencial e um suporte muito adequado à segurança pública no Estado. E nós, no Vale do Caí, temos essa preocupação no problema de cada município para que se possa dar um suporte adequado às ações. Por isso se percebe as ações efetivas da Brigada. Fazemos uma análise criteriosa dos problemas apresentados e focamos no resultado, podendo otimizar esse recursos e dar um combate adequado a criminalidade. Estamos sempre na rua, sempre prendendo, sempre trabalhando nesse sentido de antever o problema e quando ele acontece, como resposta rápida, podemos fazer a captura e dar o encaminhamento adequado ao delito.
Com essas ações, a comunidade pode ficar mais confiante nas ações dos policiais militares?
Não tenho dúvida disso. Particularmente, ando muito seguro nessa cidade, porque percebo essas ações como cidadão. Percebo as operações que, para nós é um grande diferencial. Acredito, também, que o relacionamento entre os policiais (civis e militar) contribui para um trabalho mais adequado, onde a soma dos esforços produz um resultado muito maior e aqui percebemos isso com muita clareza. O relacionamento que temos com a Polícia Civil acaba refletindo em ótimos resultados.
Apesar destas ferramentas, ainda há o capital humano, então, como a corporação tem agido para que o policial não se sinta desmotivado?
A nossa preocupação fundamental é com a instrução. Manter nosso efetivo sempre muito bem instruído. No momento que ele tem a orientação adequada acerca das ocorrências que pode se deparar vai, naturalmente, se motivar porque percebe que o comando regional da Brigada tem essa preocupação efetiva com a vida do servidor. A nossa profissão, eu costumo dizer, tem um sacerdócio. Ele, por natureza, procura a atividade de polícia militar que é para prestar um bom serviço para a comunidade. Para facilitar o trabalho dele na comunidade. Então, isso já é da natureza do nosso servidor. Se ele estiver bem orientado e bem instruído, ele naturalmente vai estar sempre motivado e disposto para o serviço, independentemente de qualquer outra situação.
Há uma turma de policiais militares se formando na nossa cidade- na Escola de Formação de Soldados da BM. O senhor acredita que, com esses novos soldados, alguns possam ser designados aqui para a região ou Montenegro?
Acredito que sim. Não tenho como precisar, porque é uma situação muito complexa, uma vez que existem outros comandos regionais que tem problemas muito mais graves com relação a defasagem de efetivo. Também há casos de comandos com muitos municípios a mais do que os 19 que dispomos aqui na nossa região. Então, isso tudo acaba sendo um complicador na hora de determinar para onde vai o efetivo. Felizmente, nossa regional apresenta poucos problemas.