Despedida ocorreu ontem no Cemitério de Montenegro
A despedida de Leonardo Gastão, o “Léo”, de 27 anos, aconteceu na manhã de ontem, quinta-feira, no Cemitério Municipal de Montenegro. A família do rapaz, que foi vítima de acidente, decidiu realizar a doação de órgãos. Segundo os familiares, Leonardo apoiava a doação e já tinha comentado sobre isso quando do acidente que vitimou a jovem Sélia Krahl, de 25 anos, no mês passado, também em Montenegro, em que a mãe dela se manifestou ao Ibiá dizendo que a doação dos órgãos da filha foi a forma de amenizar a dor e salvar vidas.
Leonardo estava internado em estado grave desde a data do acidente, na tarde da última sexta-feira, 21, tendo sofrido traumatismo craniano. Na altura do quilômetro 3, no bairro Cinco de Maio, ocorreu a colisão entre a moto Honda Start 160 de “Léo” com um veículo GM Spin, que transitava no sentido contrário, Montenegro/Triunfo. Socorrido pelo Samu e bombeiros, a vítima foi encaminhada ao HM Regional e depois removida ao Pronto Socorro de Canoas (HPS). Já na Spin, com placas de Novo Hamburgo, o motorista, de 51 anos, e a passageira, não sofreram lesões. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) registrou o acidente na Delegacia de Polícia, que será a responsável por apurar as circunstâncias do fato.
No final da tarde de terça-feira foi diagnosticada a morte cerebral de Leonardo. Foi quando a família decidiu doar os órgãos. “Ajuda na conscientização das pessoas a incentivar as doações”, diz o padrasto Nelson Jahn, casado com Sirlei Gastão, mãe de Leonardo. A família está muito abalada. “Que Deus te receba de braços abertos meu amor. Cuida de nós aí de cima”, postou a esposa, Bruna Oliveira, em seu Facebook. No início da semana Bruna tinha solicitado orações para Leonardo, devido ao estado grave em que o marido se encontrava.
Leonardo morava com a esposa, filho de 3 anos e enteado, na localidade de Coxilha Velha, em Triunfo. Antes residiu com a mãe no bairro Aeroclube. Sempre foi muito trabalhador. Estava justamente se dirigindo para o serviço na empresa Erplasti, em Montenegro. E nos horários de folga trabalhava com o padrasto na construção civil. Em outubro do ano passado perdeu o pai. Tinha mais quatro irmãos, além de demais familiares, colegas e muitos amigos. “Era um menino muito amado, querido por todos, trabalhador e de um coração enorme”, lembra a pastora Lisi Vargas, da igreja MavecChurch, que Leonardo frequentava.