A Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul – ABERGS, entidade representativa dos Oficiais e Praças dos Bombeiros Militares, divulgou nota oficial sobre a falta de efetivo para cumprir as missões constitucionais previstas pela corporação.
Conforme a nota, guarnições reduzidas colocam em risco a vida e integridade dos bombeiros, bem como da população, além de prejudicar atividades como de combate a incêndio, salvamentos, acidentes, atendimento pré-hospitalar, prevenção de incêndios e ações de defesa civil.
De acordo com a ABERGS, o comando do Corpo de Bombeiros está ciente da necessidade de efetivo e analisa inúmeras possibilidades para manter o serviço da melhor maneira possível, mas entende que são necessárias políticas públicas de inclusão para a instituição. Do contrário, em muitos casos a atuação ocorre de forma precária.
Em Montenegro, que atende onze municípios, a falta de efetivo também tem prejudicado o atendimento. Durante o temporal da última semana apenas dois bombeiros estavam em atendimento, mesmo tendo sido efetuadas mais de 500 chamadas para o quartel. Em alguns casos de incêndios e atendimentos, está sendo solicitado apoio dos bombeiros de Portão, o quê demanda um tempo de mais de meia hora para o deslocamento. Foi o que ocorreu no recente incêndio de grandes proporções em um estabelecimento da margem da BR-386, na localidade de Vendinha, quando foram apenas dois para o primeiro combate ao fogo e depois acionado bombeiros de folga e de Portão que só chegaram após 45 minutos.
A situação se agravou neste mês de janeiro por conta da Operação Golfinho, já que diversos militares foram designados para atender as cidades do litoral gaúcho.
A reportagem fez contato com a Assessoria de Comunicação Social dos Bombeiros Militares do Estado, mas não houve retorno com relação a uma posição do comando sobre o assunto.