A Escola de Formação e Especialização de Soldados (EsFes) da Brigada Militar em Montenegro formou nesta sexta-feira, dia 23, 110 soldados. A qualificação de excelência que caracteriza está unidade do Departamento de Ensino da corporação, contribui com a Segurança Pública do Rio Grande do Sul. A distribuição do novo efetivo entre os Comando Regionais (CRPO) será decida nos próximos dias.
A formação aconteceu simultaneamente, em Montenegro, Porto Alegre, Santa Rosa, Santa Maria e Rio Pardo, somando ao efetivo da Brigada Militar 436 agentes (352 homens e 84 mulheres) que concluíram o Curso Básico de Formação Policial Militar (CBFPM).
A cerimônia no Ginásio do Sesi, no bairro Senai, reuniu famílias e autoridades. Nos discursos as palavras preponderantes foram ética e respeito. O comandante da Esfes, major Iber Augusto Lesina Giordano, recordou aos seus alunos que um policial militar se pauta por profissionalismo, dever e imparcialidade. “É proteger quem estiver ao seu alcance e sacrificar-se pelo desconhecido”, resumiu.
O tenente-coronel Paulo Rogério dos Santos Alberti, responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) Vale do Caí, seguiu na mesma linha de raciocínio. “Honrem a Brigada Militar. Mas, principalmente, honrem a comunidade que confia em nosso serviço”, declarou. Pediu cautela e discernimento nas operações; ressaltando que “o errado é errado, mesmo que todos estejam fazendo; e o certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo”.
Uma escolha pela missão de servir
Após mais de oito meses de treinamento tático-operacional e legislativo, os novos PM’s se somam as fileiras da corporação. O momento de maior emoção na cerimônia foi a troca da boina verde pelo quepe branco e colocação da tarja do nome na farda; que coube a um familiar convidado.
Dona Eni Correa Pinheiro, de 80 anos, veio de Rio Pardo para realizar a formatura do neto, soldado Cássio Pinheiro, 28. “Estou muito orgulhosa. É o que ele queria”, comentou, ao revelar que o neto é Bacharel em Educação Física e arbitro profissional de futebol. Cássio é o primeiro policial na família Pinheiro, o que explica a apreensão de Eni em relação ao risco diário. “Dá vontade de chorar, tem que segurar”, diz.
Questionado do porquê perseguiu essa profissão, mesmo com outras formações, o soldado Cássio foi enfático. “Para servir e proteger a sociedade”. Ao ingressar sabia da formação técnica, mas sai influenciado também pelas questões morais que envolve a carreira militar, e que, segundo ele, atualmente estão desvirtuadas.
E quando se trata de irmãos, a brincadeira vem sempre em primeiro. Mas Daniel Freitas, 25, incorporou o tom solene do evento para elogiar a irmã caçula Ana Paula Freitas, 22. “Ela é uma pessoa muito persistente, focada e respeitosa”, descreveu o morador de Lajeado. E a soldado explica sua escolha devido a admiração pela PM gaúcha, mesmo sem ter um familiar brigadiano. “E está com déficit, sendo muito necessária à população”, definiu.