Enchente alaga delegacias, causando muitos prejuízos

Delegacia da Mulher e 1ª DP foram atingidas pela inundação

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) funcionava há menos de um mês no primeiro piso do antigo prédio do IPE, no centro de Montenegro. As novas instalações ainda não tinham sido inauguradas. E provavelmente nem serão, já que com a grande enchente do início deste mês de maio foram muitos os estragos no local e terão de ser feitas adaptações.

Conforme o delegado regional, Marcelo Farias Pereira, no primeiro piso do prédio, situado na Rua José Luís, onde estava a DEAM, a água chegou a 1m67cm. “Levantamos tudo com base na enchente de novembro. E como todo mundo, também fomos surpreendidos. Perdemos todo o mobiliário, entre mesas e armários, além de equipamentos de informática, como computadores e impressoras. Também documentos e divisórias foram atingidos”, relata.

Para evitar danos em caso de outra enchente, Delegacia da Mulher vai para o segundo piso

Quanto aos processos, o delegado ressalta que estão digitalizados e não serão prejudicados. Já o elevador, que praticamente não chegou a ser utilizado, terá de passar por manutenção.

A Delegacia da Mulher voltou para a Central de Polícia, no mesmo prédio da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), situada na Avenida Júlio Renner (Via II), do bairro Timbaúva. Segundo o delegado Marcelo, depois a DEAM deve retornar para o antigo prédio do IPE, mas sendo instalada no segundo piso, junto com a Delegacia Regional. No primeiro piso, além da recepção, deverá ser instalado um auditório. Na parte dos fundos também ocorreu alagamento no estacionamento. E no depósito e cozinha ocorreram estragos.

Delegacia antiga seria reformada para receber
também a DPPA, mas com os estragos a obra será reavaliada

Mudança de planos
Na Delegacia antiga, também na Rua José Luis, mas no bairro Industrial, ao lado do Posto de Saúde, pela primeira vez ocorreram muitos prejuízos decorrentes de enchente. Tanto o anexo nos fundos, onde funcionava o setor de investigação e depósito de apreensões, como na parte da frente, dos cartórios de inquéritos, a água da inundação causou danos.
O prejuízo só não foi maior porque muitos móveis e equipamentos já tinham sido levados para a Timbaúva.

A 1ª Delegacia de Polícia estava em processo de mudança para a Central de Polícia devido a previsão de início de reforma do prédio. Depois, além da 1ª DP, a DPPA também iria com o seu plantão para a Rua José Luis, ao lado do Posto de Saúde. Com isso, a Prefeitura, que liberou recursos para a reforma dos prédios no centro, não precisaria mais pagar o aluguel do imóvel na Via II. Entretanto, após as últimas enchentes ocorreu uma mudança de planos. “Tivemos grandes prejuízos. Vamos suspender a reforma da antiga Delegacia. Não adianta investir e correr outro risco de perder tudo. A situação terá de ser reavaliada. A Polícia Civil não pode ficar isolada e inoperante. É importante estar num prédio que todos possam acessar”, afirma o delegado Marcelo. Ele lamentou ainda que em outras duas delegacias da região, em Brochier e Vale Real, também ocorreram alagamentos e prejuízos.

Setor de investigação da Delegacia antiga também foi bastante afetado pelas cheias

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