O Vale do Caí tem a esperança renovada de ganhar mais policiais militares no efetivo empregado pelo 5° BPM e o 27° BPM da Brigada Militar, ainda neste ano. O expectativa surgiu na fala do governador do Estado, José Ivo Sartori, ontem de manhã, no Palácio Piratini, com o anúncio da convocação de aprovados na segurança pública para a Brigada Militar, Polícia Civil e a área da saúde.
O pacote de novidades anunciado pelo chefe do Executivo do Estado contempla também a convocação de 500 PMs da reserva e a realização de novos concursos públicos para o setor. Com a exceção dos brigadianos que não estavam mais na ativa e retornam em maio com um adicional de R$ 2,4 mil, o governo do Estado condiciona o chamamento à aprovação de uma série de projetos polêmicos na Assembleia Legislativa.
Titular do Comando Regional do Policiamento Ostensivo do Vale do Caí (CRPO-VC), o tenente-coronel Ronaldo Buss espera que, com o aumento de incorporações, a região possa realmente ser contemplada com novos PMs. Ele prefere não dizer com quantos policiais gostaria de contar, ao afirmar que tem trabalhado para sensibilizar o comando da Brigada Militar da necessidade de reforço, mesmo que os indicadores de criminalidade do Vale sejam menores na comparação com outras regiões.
Entretanto, Buss revela que hoje o déficit de brigadianos na região alcança quase 60%, por isso qualquer acréscimo deve ser comemorado. O oficial disse que, em recentes reuniões entre vereadores de Montenegro e prefeitos da região na Secretaria de Segurança Pública, em Porto Alegre, foi apresentada a ideia de que a região fosse contemplada com 10% dos alunos-soldados em curso na Escola de Formação e Especialização de Soldados.
“Não é um número defendido pela Brigada, mas se vier e for efetivado, vamos comemorar”, acrescentou. Ele destacou também que a possibilidade de contar com policiais reservistas de volta ao serviço, em áreas como a parte administrativa, videomonitoramento e guarda de escolas, interessa a região. “Nós temos câmeras de monitoramento na área do 5°. Com isso, a gente libera pessoal para trabalhar na parte operacional”, complementa.