Bombeiros alertam para riscos em banhos no Rio Caí

TODO CUIDADO É POUCO. Atenção redobrada e equipamento flutuante devem estar sempre juntos

A combinação de altas temperaturas e dias de folga é um convite para buscar refresco nas águas de mananciais como o Rio Caí. O problema é que muitas pessoas acabam ignorando os riscos que locais como esse oferecem a quem não adota os cuidados necessários para se divertir com segurança. Os bombeiros alertam: “Nadar no rio é bom, mas é muito perigoso”.

Na última quinta-feira, dia 22, o jovem Luan Andrade da Silveira, de 18 anos, morreu afogado nas águas do Caí, no trecho próximo à rua José Inácio Teixeira perto da “Santinha” e do Asilo das Vovós, em Pareci Novo. O rapaz se banhava junto com amigos quando acabou submergindo.

Guarnições do Corpo de Bombeiros de Montenegro atenderam à ocorrência e demonstram preocupação quanto à possibilidade de novos afogamentos na região. “Ele e os amigos tentavam atravessar para o outro lado do rio, mas ele passou mal e não conseguiu”, relata o sargento Ricardo Viegas de Mattos sobre a ocorrência na cidade vizinha. Luan tinha completado 18 anos no dia 2 de dezembro. Assim como ele, muitos jovens já foram vítimas de afogamento ao se distrair com amigos na região.

Em dezembro de 2020 foram registradas quatro mortes por afogamento no Rio Caí, sendo elas nos municípios de Vale Real, Bom Princípio, Harmonia, e na Feliz. Os meses de janeiro e fevereiro também são lembrados por ocorrências de afogamento, por isso, o sargento Mattos reforça a importância de adotar cuidados. “Os pais precisam monitorar os filhos. Vale a pena ter esse cuidado. Dificilmente o adolescente vai avisar aos pais onde vai. É preciso que haja uma conversa franca entre pais e filhos. Eles têm de estar cientes dos riscos e saber que cuidados simples podem salvar suas vidas”, comenta o bombeiro.

“Rios e açudes apresentam densidade diferente da água do mar, não há flutuabilidade, se a pessoa parar de bater braço, afunda”, explica Mattos. Neste tipo de situação, o sargento diz que o ideal é estar usando colete flutuante, mas raramente isso ocorre entre os jovens. Outra dica é se ter por perto uma boia ou objeto que flutue, como até mesmo garrafas pet.

Mattos reforça que banhos em locais sem salva-vidas são desaconselháveis, mas sabe que nem todos seguem essa orientação. “Se vai nadar em algum lugar sem salva-vidas, leva uma boia junto. Se vão entre vários amigos, que um deles fique com a boia para caso precise. Se alguém estiver se afogando, jogue uma taquara ou algo para a pessoa segurar até a chegada do socorro”, orienta.

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