Bingo com suspeita de lavagem de dinheiro

Qual o limite para desafiar a Justiça? Em mais um ato de desobediência, o bingo clandestino, que foi fechado por três vezes neste ano pelas forças de segurança, foi flagrado novamente em operação pela Brigada Militar na noite de segunda-feira.

Agora o bingo também vai ser alvo de inquérito policial. O delegado plantonista Marcos Eduardo Pepe encaminhou o boletim de ocorrência para a primeira Delegacia de Polícia. Segundo o documento, a Polícia Civil suspeita de furto de energia elétrica. “Foram apreendidos diversos computadores, inúmeras cautelas, ceduleiras. Tudo vai ser encaminhado para perícia. O furto de energia elétrica já elimina a possibilidade de termos circunstanciados. Agora é inquérito”, afirma. A ceduleira é o mecanismo da máquina onde é inserido o dinheiro dos apostadores.

A autoridade policial também não descarta a possibilidade de outro crime: lavagem de dinheiro. “Havendo essa possibilidade de lavagem de dinheiro, deve ser aberto inquérito policial pela 1ª Delegacia de Polícia”, ressalta o delegado Pepe.

Na última semana, o Corpo de Bombeiros lacrou o prédio que não apresenta condições mínimas de segurança para reuniões com grande aglomeração de pessoas. Segundo o comandante Camargo, o local somente poderia ser reaberto mediante alvará da corporação, mas levaria pelo menos 30 dias para a elaboração do Plano de Prevenção Contra Incêndios.

Termos circunstanciados são descumpridos
Até agora já houve o descumprimento de dois termos circunstanciados — instrumento jurídico pelo qual os responsáveis pelo bingo se comprometem em não incorrer mais no crime de jogo de azar — os quais foram firmados pela Brigada Militar no mês de abril.

“Quando é caça-níquel, apreendemos ceduleira, o que inutiliza a máquina. Quanto ao resto, o dono fica de fiel depositário com compromisso registrado de não usar. Não dispomos de transporte ou local de depósito para esse tipo de material, caso fosse feito o recolhimento. É o que se faz em qualquer outro lugar do Rio Grande do Sul”, afirma o comandante da primeira companhia do 5º BPM da Brigada Militar, capitão Oscar Bessi.

Quanto à denúncia de furto de energia elétrica, a concessionária que abastece a cidade foi chamada para elaborar um laudo com a análise técnica. Assim que concluído, o documento deve ser anexado ao boletim de ocorrência e, por fim, ser encaminhado para instauração de inquérito na Polícia Civil.

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