“CARTÃO VIRTUAL desprotegido”, mensagem recebida por clientes é porta de entrada para ação criminosa
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) alerta seus clientes para que não caiam em golpes praticados via mensagem de texto (SMS) e WhatsApp. Ao receber notificações informando sobre cartão desprotegido, ou com qualquer teor que levantem suspeitas de fraude, a agência mais próxima deve ser procurada para esclarecimento dos fatos. As transações via internet podem ser a porta de entrada para ação de criminosos.
Uma das modalidades de golpe adotadas pelos estelionatários consiste em enviar uma mensagem ao cliente bancário informando que seu cartão virtual está desprotegido, e orientando para que evite ir ao banco. “Resolva tudo pelo nosso APP e evite multa de 16% na conta”, diz ainda o texto. Além disso, um link é oferecido para que o cidadão “resolva” o problema. Um dos números utilizados na ação é o 11 – 9 9009 5194.
O Banrisul contrapõe a tentativa de golpe enviando material de orientação ao seu público. Através do número 48120, a instituição financeira informa: “Golpistas estão pedindo para ativar cartão virtual, no caixa eletrônico. Eles fingem ser atendentes do banco, no WhatsApp ou telefone. Não vá, é golpe!”
Segundo Pablo Schaefer, gerente corporativo da agência de Montenegro, outros tipos de tentativas de golpe também preocupam. “Como ligações para cadastrar o Pix, onde o estelionatário procura invadir o computador do cliente”, exemplifica.
Em geral, antes de procurar a agência bancária, a vítima não se dá conta de tratar-se de fraude, comenta o gerente. “Quando os clientes nos procuram fazendo questionamentos, eles ainda não sabem que se trata de tentativa de golpe. Então passamos toda a orientação para eles”, relata.
O banco oferece um canal de denúncia. Caso identifique-se qualquer ocorrência suspeita, o SAC Banrisul pode ser acessado no telefone 0800 646 1515. A instituição afirma ainda que não recolhe cartões de crédito ou débito no domicílio do cliente, e nunca solicita senhas por telefone, e-mail, SMS, aplicativos de mensagens, redes sociais ou qualquer outro canal. Operações de cancelamento de cartão ou cancelamento de transações, não necessitam da digitação da senha.Dicas do Banrisul para evitar tipos comuns de golpes envolvendo cartões de crédito e débito
Nunca entregue seu cartão de crédito ou débito para terceiros que proponham recolhê-lo em sua residência, nenhum Banco realiza esse tipo de recolhimento, se acontecer, trata-se de um golpe.
Quando for destruir um cartão com chip, corte o cartão sobre o chip, assegurando-se que o chip tenha sido destruído e não possa mais ser utilizado. Corte também a tarja magnética e picote o cartão em pedaços pequenos.
Desconfie de abordagens de pessoas que ligam e se identificam como funcionários do Banrisul ou de alguma empresa solicitando seus dados pessoais ou senhas do cartão, pois trata-se de um golpe.
Nunca empreste ou entregue o seu cartão para terceiros, nem permita que o examinem sob qualquer pretexto. Pode haver a troca / furto do cartão sem que você perceba.
Nunca forneça informações sensíveis, pessoais ou da empresa, por telefone ou outros meios, quando a iniciativa do contato não for sua.
Evite fazer cadastros pela Internet, especialmente fornecendo seus dados pessoais. Quando isso não puder ser evitado, somente o faça se confiar no site e tiver realizado as devidas verificações sobre a segurança do site.
Somente forneça a data de validade e o CVV/CVC (código de segurança) do cartão, se estiver fazendo uma compra on-line, esse é o único cenário em que essas informações poderão ser solicitadas.
Em caso de suspeita, não utilize o equipamento (maquininha ou terminal de autoatendimento), entre em contato com o Banrisul e procure outro local para utilizar o cartão.
As ameaças só podem se concretizar se o cliente fornecer dados ou realizar as ações solicitadas pelo golpista, portanto, desconfie sempre.
Tipos mais comuns de golpes
Falso motoboy: Ligam dizendo ser do Banrisul, informam que seu cartão de crédito ou débito foi fraudado. Em geral, eles têm dados cadastrais verdadeiros para convencer que se trata de uma ligação verídica. Assim, afirmam que o cartão foi clonado ou que há compras suspeitas. Dizem que cancelarão o cartão, e que o cliente deverá confirmar alguns dados por telefone, dentre eles a senha do cartão.
Após fornecer a senha, para concluir o cancelamento, o cliente deve cortar o cartão ao meio (na vertical, mantendo o chip intacto). Então, um falso motoboy ou falso representante do Banco busca o cartão supostamente destruído na casa do cliente. Com a senha e o chip em mãos, os golpistas fazem diversas transações com o seu cartão. Se acontecer, não atenda, pois é golpe.
Troca / furto de cartão: ocorrem em terminais de autoatendimento ou maquininhas de cartão. O golpista aborda um cliente que acabou de realizar uma operação financeira, e o convence de que a operação não foi finalizada, convidando a vítima a reinserir o cartão na máquina e digitar a senha. A vítima aceita a ajuda, entrega seu cartão e digita a senha na presença do golpista, que enxerga a senha. Enquanto distrai, o golpista troca o cartão original por outro, ficando com o original e entregando uma cópia não funcional para o cliente. Quando o cliente percebe a troca, muitas vezes já é tarde e o cartão já foi utilizado pelo golpista.
Retenção de cartão: Às vezes, golpistas aplicam uma substância adesiva no bocal utilizado para a inserção dos cartões. Como o cartão fica preso por causa do adesivo, o golpista aborda o cliente e oferece ajuda, fornecendo um telefone celular em contato direto com o Banco. A vítima aceita ajuda, sem saber que está falando com um comparsa do golpista, e revela todos os seus dados bancários sigilosos e informações cadastrais para o estelionatário que atende a ligação. Quando o cliente vai embora sem o cartão, o golpista recolhe e utiliza o cartão de forma indevida.