Assuntos envolvendo o Cemitério Público Municipal de Montenegro têm sido motivo para discussões nas redes sociais. Três temas em específico estão causando alvoroço entre os internautas. Um deles diz respeito a um córrego, existente em um terreno nos fundos do cemitério. O outro, refere-se ao uso da mão-de-obra de detentos do regime semiaberto sem equipamentos de proteção individual (EPIs), durante atividades que envolvem movimentação de caixões e afins. E, por último, são levantadas dúvidas sobre o destino dado aos restos mortais e às urnas mortuárias, depois de certo período no local.
Sobre o primeiro caso, o secretário de Viação e Serviços Urbanos, Jackson Santos, informa que já está agendada uma visita à área para avaliar a situação. Aparentemente, o esgoto não passa pelo terreno do Cemitério. Em relação a fiscalização do uso dos EPIs, não houve resposta. O diretor do Instituto Penal de Montenegro, Nairo Ferreira, salienta que a entidade fiscaliza apenas se os apenados estão no local do trabalho. Quanto aos itens de segurança, a Administração está ciente da necessidade.
Questionada sobre os processos que envolvem a destruição de caixões e a desocupação de sepulturas, a Administração deu as seguintes repostas:
JI – Como funciona o processo de retirada de ossos das sepulturas (tanto no caso de indigentes quanto de pessoas com familiares). Para onde vão esses restos mortais?
Jackson Santos – Após cinco anos do enterro, a Prefeitura de Montenegro realiza a exumação de túmulos do Cemitério Municipal. A pratica é motivada pela necessidade de novas vagas. Os restos mortais são transferidos para ossuário, devidamente identificados.
JI – A retirada dos restos mortais das sepulturas é acompanhada por um funcionário do Cemitério?
J.S. – Sim, pela equipe do Cemitério Municipal.
JI – É verdadeira a informação de que restos mortais e caixões são queimados na S. de Viação e Serviços Urbanos?
J.S. – Somente os caixões são incinerados. Tal prática, que conta com a liberação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ocorre na Secretaria Municipal de Viação e Serviços Urbanos.
JI – Isso ocorre desde quando?
J.S. – Essa prática, com autorização da SMMA, é uma ação aplicada pela atual Administração Municipal.