PERIGO NA ESTRADA. Número diz respeito somente às abordagens realizadas em frente ao Comando Rodoviário
Se beber não dirija. A frase virou clichê e todo mundo sabe, ou pelo menos deveria saber, dos riscos que a combinação álcool e direção representa para si e para terceiros. Difícil é explicar porque, mesmo tendo conhecimento do perigo, tantas pessoas “pagam pra ver” e se arriscam ao volante depois de ter bebido.
Números do Grupo Rodoviário de Montenegro mostram que a imprudência continua colocando vidas em risco. Somente em dezembro, em abordagens realizadas em frente à sede do Comando, no quilômetro 32 da ERS – 240, em Montenegro, 41 motoristas foram autuados dirigindo sob efeito de álcool. Além disso, 44 carteiras de habilitação foram recolhidas e três condutores presos. No mesmo mês de 2018 não houve nenhum registro.
Desde agosto do ano passado, o Grupo Rodoviário da Brigada Militar tem intensificado as abordagens a automóveis, especialmente na frente do Comando. Do período de 5 de agosto de 2019 até 02 de janeiro de 2020, 99 condutores foram autuados por embriaguez e 113 CNHs foram recolhidas. “Tivemos um aumento de 1.237% em relação mesmo período do ano anterior. Os números mostram que o pessoal não acredita na fiscalização. Todos os dias vemos essa situação”, comenta o sargento Aldo Vinícius dos Santos Lisboa, comandante da unidade. A fiscalização ocorre em todos os turnos da corporação, e tem como objetivo principal prevenir acidentes.
Na mesma época, 14 pessoas foram presas por embriaguez. O sargento acrescenta que os números seriam maiores se houvesse mais efetivo policial para realizar as abordagens. Atualmente, os veículos são selecionados de forma aleatória. Enquanto o policial verifica a situação de um condutor, vários outros passam pelo local sem serem parados. “Mesmo assim, olha o resultado”, enfatiza Lisboa.
O condutor que dirige alcoolizado está sujeito a punições como multa, no valor de R$ 2.934,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses, recolhimento da habilitação, retenção do veículo e, até mesmo, a possibilidade de detenção. Além dessas, há outras consequências previstas para o motorista que não realiza o teste do bafômetro ou foge de uma blitz policial. Apesar disso, nenhum condutor pode ser obrigado a soprar o bafômetro.
O que acontece com quem for pego dirigindo alcoolizado?
Se “zerar o bafômetro”
Resultado igual ou inferior a 0,04 mg/l (miligramas de álcool por litros de ar expelido dos pulmões): o condutor poderá seguir seu caminho, estando seu veículo e documentação de acordo com as normas.
Se o bafômetro marcar entre 0,05 mg/l e 0,33 mg/l
Nível de álcool no sangue entre 0,05 mg/l e 0,33 mg/l : infração gravíssima. Neste caso, o motorista terá direito a realizar uma contraprova após algum tempo, soprando novamente o bafômetro. Se ainda assim o resultado indicar esses valores, será autuado.
Se o bafômetro marcar igual ou acima de 0,34 mg/l:
Crime de trânsito. Indivíduo terá de acompanhar um agente de trânsito a uma delegacia de polícia.