Professora montenegrina ganha prêmio nacional

Daniela Heckler, vencedora do Prêmio Arte na Escola Cidadã

Daniela Heckler, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental do bairro São Paulo, foi selecionada como uma das vencedoras do XVIII Prêmio Arte na Escola Cidadã. A professora participa, em Montenegro, do Projeto Arte na Escola no polo da Fundarte. O Prêmio existe desde o ano 2000, e visa a divulgação e o reconhecimento de trabalhos e projetos educativos na área da arte.

O concurso é promovido pelo Instituto Arte na Escola, que investe na capacitação continuada de professores na área das artes. Neste ano, foram mais de 400 trabalhos e projetos inscritos, vindos de todos os cantos do país. Anualmente, são cinco categorias premiadas: Educação Infantil, Educação Fundamental I (do 1º ao 5º ano), Educação Fundamental II (do 6º ao 9º ano), Ensino Médio, e Educação de Jovens e Adultos (EJA). O projeto da montenegrina concorreu na categoria de Educação Infantil.

 

No ano de 2016, Daniela desenvolveu o projeto “Poesia para colorir… o seu dia”, que foi fruto de outro projeto da escola, o “Vida ao Parque di Versos”, baseado no livro “Parque di Versos” do escritor de Montenegro Carlos Fernando Leserm, realizado por Alessandra Bartz e Patrícia Franz.
“Poesia para colorir… o seu dia” foi desenvolvido em uma turma do Pré B da escola, com 24 alunos de cinco e seis anos de idade. O intuito do trabalho foi o de fomentar a leitura de poesia na comunidade, bem como valorizar o desenho infantil.

O escritor Carlos Fernando Leser e os alunos participantes do projeto

A poesia e o desenho da mesma geraram diferentes propostas a serem trabalhadas em sala de aula. Exemplo disso foi quando a turma trabalhou as brincadeiras de antigamente a partir da poesia “Parque de Diversões”, de Carlos Fernando Leser. Eles então tiveram a visita do avô de um dos alunos, que ensinou a turma a jogar bolinha de gude. A turma também recebeu inúmeras vezes o poeta.

No início Daniela não imaginava a proporção que tudo iria tomar. A ideia inicial era a de fazer os desenhos tendo como base poesias de alguns autores. Com o tempo, porém, ela viu os próprios alunos fazerem suas criações, individual ou coletivamente. Outro ponto que cresceu no decorrer do ano foi a forma de distribuição da poesia. No começo, os alunos tinham a responsabilidade de entregá-las às pessoas, sem repetir o destinatário. Depois, foram muitas as formas idealizadas entre a professora e os alunos para levar cada vez mais longe aquela arte.

Uma das primeiras foi a panfletagem. Juntamente com a professora, os alunos entregaram seus trabalhos para pessoas nas ruas próximas à escola. Em seguida, deixaram os desenhos e poesias em um mercado do bairro, e estes eram entregues nas sacolas aos clientes, juntamente com suas compras. Na semana da criança, a garotada participante do projeto teve também uma página só para eles no Jornal Ibiá, onde expunha seu trabalho.

A praça do bairro São Paulo também recebeu a arte das crianças. Para lá, levaram e colocaram inicialmente quatro placas com seus projetos. Quando conferiram, alguns dias depois, e viram que as placas continuavam lá e em bom estado, foram colocadas mais nove.

Escola será destacada em documentário
Anualmente, o Instituto Arte na Escola realiza cinco documentários sobre os projetos ganhadores, com gravações nas escolas, com o professor que desenvolveu o trabalho e com os alunos que participaram. Em 2017, então, é a vez de Montenegro receber esse reconhecimento. Depois de gravado, o documentário será disponibilizado no canal Arte naEscola, no YouTube.

A cerimônia de premiação ocorrerá em São Paulo, ainda sem data definida. A professora ganhadora e um representante da Escola irão à entrega com as despesas de viagem e hospedagem pagas pelo Instituto. No evento, eles ganharão um certificado de premiação e um prêmio exclusivo, criado pela artista Ester Grinspum. Além disso, participarão de uma vivência cultural pela cidade de São Paulo.

Os professores ganhadores recebem também R$ 10 mil. E, às escolas vencedoras, serão entregues uma câmera digital e um computador. As instituições também receberão livros e materiais sobre arte e educação para serem disponibilizados em suas bibliotecas.

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