Fundado em 1994 para ser a representação dos alunos, o Grêmio Estudantil Elisa Moojen Arpini, do Colégio Dr. Paulo Ribeiro Campos – o Polivalente – esteve desativado por cerca de dez anos. Agora, a partir da união de nove alunos e do desejo da direção, uma nova chapa assume a entidade, já cheia de planos para melhorar o ambiente escolar da instituição estadual.
“Entrei por ver a situação em que se encontra a escola, que é a situação das escolas públicas em geral. Queremos deixar o nosso legado e deixar a relação entre a direção e os alunos mais estreita”, resumiu o presidente do Grêmio, Samuel Salazar Rodrigues, de 16 anos, durante a cerimônia de posse que ocorreu na noite da última quarta-feira, dia 19.
Sua chapa foi a única participante da eleição, onde a escola podia votar entre ter ou não a entidade. O grupo eleito conseguiu reunir membros que representassem os três turnos de funcionamento do colégio e, também, tanto o Ensino Médio, quanto o Ensino Fundamental. “Já não teve outra chapa, talvez por essa ter sido tão completa e os alunos não terem visto a necessidade de outra”, define o professor orientador do Grêmio, Rogério Luís da Silva.
Hoje docente, ele é ex-aluno do “Poli” e estudava no local no ano de fundação da entidade representativa. Rogério foi um dos maiores apoiadores do retorno. “Acredito que no momento social e político do Brasil hoje, nós temos que dar aos jovens a autonomia de pensar”, disse. Ele diz esperar por bons resultados do grupo atual, para que a “cultura de Grêmio” seja continuada.
Para a 1ª tesoureira da chapa, Érica Martins , o foco agora é a integração entre os três turnos, com atividades diferenciadas. “A gente quer mais coisas a nosso favor e quer ser mais escola, trazendo novidades e fazendo com que os colegas se interessem por ela de uma maneira divertida”, coloca. 2º secretário, Felipe Gabriel da Silva Souza concorda. “Os alunos cobram por interséries, por exemplo, e aí dizem que não pode fazer. Mas porque não pode? A gente quer buscar algo diferente e que quebre o padrão”, destaca. O grupo eleito tem reuniões quinzenais e trabalharão pelos colegas durante um ano até as novas eleições.