MEC autoriza curso de Direito no campus da Unisc em Montenegro

Universidade tem expectativa de abrir atividades já no Vestibular de Inverno

A coordenadora da Unisc em Montenegro, Caroline Kothe, e a coordenadora do curso de Direito em Capão da Canoa, Karina Meneguetti Brendler, anunciaram ontem que o campus local terá graduação em Direito. A autorização do Ministério da Educação (MEC) veio com a publicação de edital no Diário Oficial da União do último dia 23. A expectativa é de que as 60 vagas já sejam abertas neste Vestibular de Inverno, com aulas a partir de agosto, à noite, mas ainda não há confirmação.

Os trabalhos para a criação do novo curso iniciaram em 2015, mediante contato da universidade com a administração pública, Poder Judiciário, Ministério Público, OAB e escolas. Pesquisa da instituição aplicada em alunos de Ensino Médio apontou que o Direito está entre as opções de maior interesse para se cursar em Montenegro. “A partir disso, em 2016, iniciamos a construção de um projeto pedagógico que desse conta das prioridades locais”, recorda Karina. Até mesmo o fato de o município sediar estabelecimentos prisionais foi levado em consideração, diz.

O Ministério da Educação recebeu o projeto no ano passado e, no mês de dezembro, uma comissão federal visitou o campus montenegrino. Conversou com professores, avaliou estrutura, as potencialidades da cidade e a proposta do curso. Em cima disso, o MEC emitiu parecer favorável e atribuiu nota quatro à proposta da Unisc, numa escala em que cinco é a avaliação máxima. “Fomos muito bem e tudo andou rápido”, ressalta a docente.

A nova graduação deve impactar na população em geral, porque a Unisc é uma instituição comunitária e, por isto, tem a obrigação de reinvestir seus resultados na comunidade, por meio de projetos. Karina antecipa que, com isso, em breve serão apresentados planos de ação para além das salas de aula, em áreas como infância e adolescência, prevenção da violência doméstica, proteção de idosos, apoio à adoção, defesa ambiental, questão penitenciária e outras demandas que foram identificadas na cidade. “E a partir do terceiro ano do curso será aberto um gabinete de assistência jurídica gratuita à população carente, sendo o atendimento prestado por alunos do 8º ao 10º semestres. Atuaremos como uma espécie de Defensoria Pública”, enaltece a futura coordenadora do curso.

Segundo ela, o Direito também desenvolverá o capital humano do município, porque promoverá a qualificação profissional em diversos aspectos. Palestras, cursos, debates e outras atividades de extensão universitária também impactarão positivamente na comunidade, garante a docente.

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