Relembrar conteúdos ou estudar os novos? Veja algumas dicas importantes
Faltando menos de dois meses para o Exame Nacional do Ensino Médio, que ocorre nos dias 5 e 12 de novembro, os alunos que prestarão a prova estão com os nervos à flor da pele. São conteúdos e mais conteúdos de Literatura, Física, Química, Biologia e de outras áreas. O tempo é apertado para conciliar as aulas com o estudo extra. Contudo, para quem busca uma vaga no ensino superior, todo o esforço é válido.
Mas, afinal, o que vale a pena estudar faltando apenas um mês para o teste? A melhor opção é relembrar o que já foi visto ou ir em busca de novos conteúdos? Segundo a professora de Português da Escola Estadual Técnica São João Batista, Alma Rosany Oliveira Dahlem, as provas do Enem são exaustivas, exigindo do candidato tanto condicionamento físico quanto preparo intelectual.
“A primeira dica é que, daqui até o dia do Exame, o candidato mantenha uma rotina de estudos de pelo menos 15 minutos de leitura sentado, já que a prova será nessa posição por muitas horas consecutivas. A segunda orientação é assistir programações que tragam informações, índices, como o Greg News”, destaca.
Segundo a docente, agora, mais do que nunca, a prática da leitura é uma realidade, comprovada pelo número de retiradas de títulos na biblioteca do São João. “Contudo, essa geração está perdendo a capacidade de relacionar os fatos. São estimulados a serem dotados de opinião, mas, em contrapartida, não têm argumentação. Se eu sou contra ou a favor de uma exposição de arte, por exemplo, eu tenho que saber o porquê. O aluno que consegue se destacar na prova é porque tem essa capacidade de relacionar”, salienta.
Alma também observa que o estilo do Enem é com prova física, em papel, e por isso é importante estudar em livros. “Os grandes vestibulares, como o Enem e o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são realizadas dessa forma. Então a leitura digital, no meu entendimento, não traz a mesma sensação”, enfatiza.
Enem pela primeira vez
As alunas Isabela Zuchetti, Caroline Lopes, Giullia Tedesco, ambas de 17 anos, e Bianca Kuhn, de 16, farão o Enem pela primeira vez. Porém, como cursam simultaneamente o Ensino Médio e o Técnico, não estão em busca de uma vaga na universidade. Ainda. “Esse ano, será um teste, já que precisamos fazer o estágio do técnico no ano que vem”, afirma Bianca.
Não tendo tempo para estudar os conteúdos que cairão nas provas, em novembro, por conta das aulas, as alunas relatam não estarem tão preocupadas e nem ansiosas com a proximidade da data. Apesar disso, arriscam palpites sobre a proposta da Redação.
“Talvez seja algo relacionado à política, já que vivemos um momento caótico no Brasil”, aposta Caroline.
Giullia, que diz ter realizado algumas pesquisas sobre a proposta textual desta edição, destaca a Lava Jato como uma possibilidade de assunto. “Certamente será algo polêmico”, acredita a jovem.
Já a professora Alma aposta em um tema relacionado a questões ambientais. “O desastre ambiental em Mariana, a seca em São Paulo, tudo isso contribui com o meu palpite. Meio ambiente é sempre uma aposta importante, e como a prova está pronta há algum tempo, nada do que aconteceu recentemente deve cair no Exame”, conclui.