Buscando votos. Candidatos da chapa 1 estadual fazem campanha na região
O Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul realiza eleições para a diretoria 2017/2020, entre os dias 27 e 28 de junho. No Estado, cerca de 80 mil associados entre professores, contratados, nomeados e funcionários podem escolher uma das quatro chapas. No núcleo regional, duas candidaturas disputam os votos dos 428 associados.
A candidata estadual da Chapa 1, Daniela Peretti, esteve ontem em Montenegro esta semana e percorreu algumas escolas acompanhada das colegas que disputam o pleito para diretora e vice em âmbito regional, Neiva Boos e Marilú Gomes de Souza. Como bandeira de campanha, a chapa de oposição defende uma maior autonomia do Eindicato em relação ao governo do Estado e também quanto a partidos políticos, assim como quer a manutenção de direitos salariais e trabalhistas. “Temos que ter autonomia e independência partidária. A categoria deve estar acima desses interesses”, defende Daniela.
Na pauta, temas como a aposentadoria e atendimento de saúde pelo IPE, também estão entre as prioridades. “Faltam especialistas, precisa ampliar a rede de médicos conveniados e abrir para novas especialidades. Hoje, por exemplo, não existe psicólogo ou nutricionista pelo IPE”, destaca Daniela.
Já quanto à questão salarial, são diversos pontos a serem resolvidos. “As promoções estão suspensas, salários congelados e o 13º é pago parceladamente. O nosso vale refeição de R$ 190,00 é estornado em 6% do salário, ou seja, não sobra nada”, apontam as candidatas.
Para Marilu Souza é crítica a questão dos servidores contratados, que hoje são cerca de 70% dos professores da ativa. “Eles não têm igualdade de direitos. Se forem exonerados, não recebem nada. Queremos buscar os mesmos direitos da CLT para essa parcela do funcionalismo, que hoje soma 22 mil profissionais no Estado”, defende.
Aposentados vêm perdendo a sua renda
A candidata a diretora do 5º Núcleo do CPERS/Sindicato pela chapa 1, Neiva Boos, ressalta a preocupação com os aposentados. “Não existe paridade salarial. Passam a carreira recebendo bonificações que não são incorporadas ao salário e, quando se aposentam, entram em choque com os baixos proventos.Há que ter paridade nos reajustes de ativos e aposentados”, aponta.
As candidatas apontam que hoje o sindicato está “alinhado” ao governo. “Precisamos ser mais incisivos. A diretoria atual não colocou o governo no compromisso”, critica Daniela. “A categoria está apática, desmotivada, na zona de conforto, esperando pela diretoria”, avalia Neiva.
Para reverter esse quadro, Neiva diz que é preciso estar mais perto dos professores e associados. “Temos que ouvi-los e trazê-los para o diálogo. O sindicato é para o associado”, afirma.
Nos dias 27 e 28 de junho vai haver urnas volantes em Brochier, Maratá, Harmonia, São José do Sul e Pareci Novo. Em Montenegro, vai haver uma urna eletrônica na sede do CPERS.