Na hora de escolher um banco, é importante estar atento a todas as taxações para não sair no prejuízo
A página “Seu Bolso” começa hoje com o intuito de tratar de temas que envolvam as finanças de todos nós. E pra iniciar, vamos falar daquelas que representam um furo no orçamento de muitas famílias e acabam passando quase sem ser notadas: as tarifas bancárias.
Elas existem para pagar os serviços ofertados pelos bancos e costumam aparecer diluídas ao longo dos extratos. É cobrado um pouquinho ali, outro pouquinho aqui e assim vai. Emissão de talão de cheques, saldos, transferências e pagamentos são exemplos de itens cobrados que, ao final do mês (ou do ano) podem representar custos desnecessários caso a pessoa saiba se preparar.
Como todo bom gastador sabe, tudo começa na pesquisa. Grande parte dos custos, afinal, já são contratados logo na primeira conversa com o gerente do banco e se sabe que, ao assinar as muitas páginas de qualquer contrato de adesão, pode ser que algumas “taxinhas” passem batidas aos olhos leigos.
Tudo isso pode (e deve) ser verificado ainda antes de escolher a instituição bancária. “A sugestão é que, inicialmente, se verifique no site do Banco Central. Lá, está disponível a tabela com o que os bancos podem cobrar e quais são as tarifas que estão vigorando”, indica o economista Silvio Arend.
Online, a entidade traz dados atualizados diariamente, com todos os bancos e os serviços existentes. Ali também podem ser encontradas as taxas das corretoras de imóveis (mas isso já é assunto para outro texto do Seu Bolso).
A análise no site dá trabalho, mas vale a pena. A reportagem fez um levantamento dos principais bancos instalados em Montenegro e as diferenças das taxas são grandes. Pegando um depósito via TED, por exemplo – essa é a transferência que cai imediatamente na conta depositada – a variação do valor passa de 12%. Algumas instituições cobram quase R$ 20,00 pelo serviço.
Pedir segunda via de um cartão de crédito, também. De um banco para outro, a diferença do custo pode chegar aos R$ 10,00. E é preciso atenção ao tipo de ferramenta que será mais utilizada. Pelos dados do Banco Central, é visível que alguns deixam um serviço bem barato, mas compensam o custo em um segundo serviço, que é muito mais caro. Ta aí a importância da pesquisa. O banco precisa ser o ideal para o que VOCÊ vai precisar.
E o pacote gratuito?
Sim, os bancos oferecem um pacote essencial gratuito e também pacotes de serviços básicos. O que entra em cada pacote é uma definição do próprio Banco Central. No “essencial”, entra, por mês, quatro saques, duas transferências entre contas do mesmo banco, dois extratos impressos e até dez folhas de cheque. Para os básicos, cada instituição tem mais liberdade para montar os serviços oferecidos. Os valores são mais baixos.