Entidade vai reformar a sede social, no Centro, para alugar à rede verejista
A direção do Clube Riograndense assinou nessa terça-feira, 19 de outubro, os contratos que vão viabilizar a instalação de uma unidade da Lojas Renner em Montenegro. A negociação prevê a locação de parte do espaço da sede social, no Centro, para a gigante do varejo. Antes do início das operações, porém, a edificação passará por reforma sob a responsabilidade do clube. A obra será paga em um financiamento firmado com o Sicredi também ontem. “O contrato de financiamento tem o mesmo prazo do contrato com a Renner, o que nos deixa com segurança em relação ao pagamento do empréstimo”, explica o presidente do Riograndense, Leomar Eugenio Hommerding. “Nós vamos reformar e iremos o receber o aluguel. Assim, vamos conseguir deixar o clube em outro patamar em termos de faturamento; e vamos poder direcionar tudo para a sede esportiva”.
A entidade projeta o início da reforma ainda para este ano. “A Renner vai entrar em 1º de janeiro de 2023. Então, nós temos praticamente um ano e dois meses para conduzir a reforma”, coloca o presidente. “Queremos terminar em dez meses para ter uma margem de segurança para quando eles entrarem.”
Os demais negócios que funcionam junto à sede social, no Centro – como o restaurante – vão seguir como inquilinos do clube. A Renner deve ocupar dois andares, incluindo o salão principal; mas uma segunda loja deve se instalar no segundo andar, na parte onde hoje é a sacada do prédio. Essa, ainda não teve o nome divulgado oficialmente.
NEGÓCIO É CONSIDERADO HÁ ANOS
Segundo Hommerding, as negociações sobre uma possível venda ou locação do prédio ocorrem há cerca de três anos. Começaram quando um investidor buscou o clube interessado na aquisição e reforma, justamente para a Renner. O presidente conta que, desde a abordagem, outros dois interessados aparecerem; mas sem oferecer valores atrativos à entidade. “Em meio à pandemia, a coisa meio que parou. Foi nesse período que nós começamos a pensar em, quem sabe, nós mesmos reformarmos o prédio e locar para a Renner”, recorda. “Tem um arquiteto, de Lajeado, que faz todos os layouts deles. Nós conversamos com ele, ele se interessou e continuamos com o processo sem a intermediação.”
O projeto da entidade, agora, é investir os recursos do aluguel na sede esportiva; modernizando a estrutura e, inclusive, construindo um novo espaço para eventos de porte menor que o que existe no Centro. “Hoje, já não se viabilizam grandes espaços, pois quase ninguém faz festa para mil pessoas”, avalia o atual presidente do clube. O prédio da sede social é de 1912. Passou por reformas desde então e sediou vários eventos que marcaram história em Montenegro; como os bailes de Primavera e de Debutantes. Hommerding diz que, por isso, não foi fácil abrir mão do espaço. “Foi um ano de pandemia de muitas discussões e reflexão”, reconhece.
