Com muitos prêmios, Cabanha JLV estará na Feira Internacional de Cavalos Crioulos 

Todo o trabalho e cuidados especiais dedicados pela equipe da Cabanha JLV à égua Aparecida foi reconhecido da melhor forma possível durante a 45ª edição da Expointer. Aparecida galgou posições no campeonato – que pode ser considerado a Copa do Mundo dos Cavalos Crioulos – conquistando as posições de Campeã Égua Menor, Grande Campeã e Melhor Exemplar da Raça. Os belos resultados do animal, na Feira de Esteio, lhe assegurou participação na Exposição da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC), evento que ocorrerá em abril do ano que vem em Buenos Aires, capital da Argentina.

Para chegar à Expointer, Aparecida, de três anos, passou por disputa acirrada com grandes competidoras. A Égua Menor da Tropilha Padroeira saiu vencedora da categoria Fêmeas, superando outras 133 exemplares que competiam na final da Morfologia Expointer 2022.

Aparecida é motivo de orgulho para seu proprietário, o empresário Valmir D’ávila, dono da Cabanha JLV, localizada no município de Santa Margarida do Sul, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul. Não é para menos, a égua estará entre o grupo formado por 30 Cavalos Crioulos brasileiros classificados para a FICCC. “A minha Cabanha está entre um seleto grupo de 38 cabanhas. Ganhamos o Freio de Ouro e Morfologia da Expointer, temos dois prêmios máximos da Raça. Estamos muito felizes”, relata Valmir sobre as conquistas já obtidas.

A Cabanha JLV conta com estrutura ampla e adequada para o trato e treinamentos dos animais

Para chegar onde chegou, a égua passou por um cliclo de seleção que começa com cerca de 1600 animais de Morfologia. Desses, 240 passam para participar da Expointer. Por fim, depois de várias eliminatórias, são apontados o melhor macho e a melhor fêmea da raça. Contudo, apenas um deles apresenta as características necessárias para ser premiado como Melhor Exemplar.

Valmir compara seu animal com outros fortes candidatos que participaram das seletivas até chegarem a Expointer, e afirma que Aparecida tem mostrado ótimo desenvolvimento. “No ano passado ela foi a terceira melhor Fêmea de Esteio. Este ano, ela suplantou as outras duas, isso é muito importante, ela evoluiu”, explica o empresário. “Estamos sempre tentando melhorar, buscando a perfeição, mas é difícil”, completa.

As premiações da Égua Menor são motivo de orgulho e muita alegria para o empresário Valmir D’Ávila

O trabalho para alcançar as conquistas que Aparecida conseguiu começa desde a fase de acasalamento dos pais. O potro é selecionado, logo que nasce, e passa por acompanhamento de um técnico – da Associação de Criadores de Cavalo Crioulo – até atingir cerca de seis meses de vida. Nessa fase, o profissional indica ou não a inscrição do animal para que, com dois anos ou mais, ele passe pela avaliação que irá admiti-lo, ou não, na Raça.

“Eles tem que ter todas as medidas e indicativos de que serão animais que vão fazer a Raça evoluir. O tratamento e treinamento começam logo que o animal nasce. Há uma pessoa especializada para fazer a alimentação, tem acompanhamento veterinário, local adequado com boas condições sanitárias. É algo muito complexo, que não é barato”, pondera D’Ávila. Todo esse investimento feito ao longo dos anos agrega valor ao animal. Conforme Valmir, as características e premiações de Aparecida fazem com que ela esteja avaliada em torno de R$2 milhões.

Valmir relata ainda que a escolha do animal que terá todo esse investimento requer visão e experiência. Esse conhecimento é adquirido ao longo do tempo, através do contato com pessoas especializadas na área. A todos que colaboraram para o “plantio”, que resultou na “colheita” de troféus na Expointer, o empresário deixa uma mensagem de gratidão. “Agradeço aos amigos e colaboradores, em especial, ao Julio César Oliva que é o treinador desses animais, ao seu José Bernardo Terra Cardozo, que é o criador que nos proporcionou ter esse animal, e ao seu Pedro Borba Pereira, que me ajudou a escolher esse animal”.

A coleção de troféus da Cabanha JLV não para de crescer, só na Expointer foram conquistados mais seis. Fotos: Arquivo pessoal de Valmir D’Ávila

Cabanha JLV uma história de 25 anos
A Cabanha JLV foi criada há 25 anos, em Montenegro. Devido a ampla área para pastagem e instalação de toda a estrutura para expandir o negócio, o empresário Valmir D’Ávila transferiu o empreendimento para uma de suas estâncias, em Santa Margarida do Sul. “Lá temos toda a estrutura, pista para treinamento, mangueira, redondel coberto para treinamento, estábulo e espaço de campo para as éguas de cria”, detalha o proprietário.

A Cabanha dá exclusividade à Raça Crioula e conta com cerca de 150 equinos. Além de participar de grandes eventos – os quais já lhe renderam mais de 450 troféus – por serem considerados de grande resistência física, os animais são criados para emprego na “lida”.

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