Emprego. Em 2018, projeto formou 206 profissionais. Destes, a maioria acabou contratada pela própria empresa
A distribuidora de energia RGE Sul – junto da RGE – formou 206 profissionais neste ano em seu projeto Escola de Eletricistas. Com foco na capacitação, que é gratuita, a iniciativa também empregou 68,2% dos participantes, que acabaram contratados pela própria empresa. Até o final do ano, outros 80 eletricistas devem ser formados.
O montenegrino Gabriel Cândido de Oliveira é um dos filhos da Escola. Empregado da RGE desde agosto do ano passado, o jovem de 23 anos tinha experiência trabalhando em prestadoras que realizavam manutenções elétricas. Ele diz que sempre quis trabalhar na distribuidora e, após um ano largando currículos, foi chamado para participar da capacitação.
“Tem que ter bastante esforço e força de vontade para correr atrás”, frisa. A RGE conta com alguns pólos onde a Escola funciona. Gabriel foi para São Leopoldo aprender sobre operação e infraestrutura da rede elétrica, modalidade que desconhecia. Foram dois meses de treinamento diário, com oito horas por dia em um protótipo controlado da rede criado pela Escola para oferecer o treinamento.
Ao longo da capacitação, ele teve acesso a teorias e técnicas, também recebendo orientações sobre questões relacionadas à segurança do trabalho. Conforme a RGE, o projeto serve para, além de formar funcionários, preencher uma lacuna do mercado de trabalho, com colaboradores capazes de atuar em empresas do setor elétrico.
“O que há no mercado são pessoas com a formação básica em eletricista residencial. Com este projeto, oferecemos uma certificação com conteúdo de boa qualidade, que inclui, por exemplo, noções de segurança no trabalho de rede”, afirma o gerente de Educação Corporativa da CPFL Energia – que integra RGE e RGE Sul -, Flavio Allbrandt Faria.
A partir da Escola, a empresa forma um banco de currículos próprio. No caso de Gabriel, o curso feito entre fevereiro e março de 2017, rendeu o fruto do emprego em agosto. Sem perder o foco na melhoria constante, hoje ele cursa um Técnico em Eletrotécnica na Escola Técnica Estadual, em Portão. “Esse curso abre uma série de possibilidades e eu estou fazendo para seguir carreira aqui dentro”, destaca.
Diretor de Recursos Humanos da CPFL Energia, Rodrigo Ronzella destaca o fator humano da iniciativa, como na história de Gabriel, onde a capacitação rendeu o tão almejado emprego.
“A Escola de Eletricistas beneficia as comunidades da nossa área de atuação. Os profissionais formados podem ser contratados pela RGE e RGE Sul ou por outras empresas do setor, melhorando a renda e qualidade de vida das famílias dessas regiões”, pontua.