Contrabando de cigarro traz prejuízo de R$ 359 mi

Os cigarros ilegais atingiram um patamar alarmante em 2018. De acordo com levantamento feito pelo Ibope, cerca de 53% de todos os cigarros que circulam no Rio Grande do Sul são contrabandeados, vindos do Paraguai. Esse volume equivale a cerca de R$ 359 milhões que os cofres públicos do estado deixaram de arrecadar em ICMS – valor que deveria ser dividido com os municípios e revertido em melhorias e serviços à população.

Em Montenegro, pelo menos três casos envolvendo contrabando em grande escala foram registrados. Em março, R$ 150 mil em cigarros foram apreendidos pela Polícia Civil em um depósito clandestino que funcionava na localidade de Alfama. 76 mil maços vindos do Paraguai estavam no local, que foi identificado através de denúncias anônimas. Conforme o chefe do setor de investigação que acompanhou a ação, Alisson Castilhos, a venda ilegal do item é comum em pequenos comércios da região.

Em menor escala, uma ação da Brigada Militar em junho também foi destaque quando, no bairro Estação, um Fiat foi abordado e, dentro dele, 2.480 maços de cigarros do Paraguai foram localizados. O condutor, de 64 anos de idade, já tinha várias passagens pela polícia por crimes do tipo. O material foi todo apreendido. Em agosto, mais um Fiat Uno carregado do item ilegal foi localizado pela Brigada. Eram 770 maços. Não houve confirmação de ter sido o mesmo veículo envolvido nos dois casos.

Conforme o Ibope, de 2015 a 2018, o mercado ilegal deste produto no Estado cresceu 40% em volume. No Brasil todo, 54% de todos os cigarros vendidos são ilegais. Segundo especialistas, o principal estímulo ao índice é a diferença tributária entre os cigarros no Paraguai e aqui no país. O IPI do item no Brasil, por exemplo, tem uma de suas alíquotas mais altas em comparação com outros produtos. Isso é pensado para aumentar o preço e, por tabela, diminuir o consumo. Acaba incentivando a ilegalidade do contrabando.

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