Restrições ao comércio forçaram adaptação dos empreendimentos voltados à celebração
Prejudicadas pelas restrições ao funcionamento do comércio, as empresas que se dedicam especificamente ao segmento de Páscoa têm apostado nas redes sociais e nas tele-entregas para minimizarem perdas e garantirem as vendas durante a tradicional celebração. O delivery de chocolate nunca esteve tão em alta em Montenegro.
“Foi a única saída que nós encontramos, uma vez que a criança não tem culpa do que está acontecendo; e o que vai tirar o foco dela disso é a Páscoa”, declara a empresária Patrícia Machado da Silva, do Cantinho do Chocolate.
Preparada para o movimento da principal data do ano no seu comércio, ela já havia contratado dois funcionários temporários para reforçar a equipe. Acabou tendo que dispensá-los quando iniciou o período de isolamento.
“Nossa expectativa era um crescimento de 40% em relação ao ano passado. Esse crescimento não vai existir. Eu acredito que, com a tele-entrega, vai se manter igual ao ano passado, o que nessa crise já é bem positivo”, declara.
E é ela mesma que, ao fim de cada expediente, carrega o carro com os pedidos do dia para sair entregando por Montenegro. “17h, eu saio da loja com todas as entregas junto, fazendo o rodízio na cidade”, relata a empreendedora.
O delivery também é o foco principal da Cacau Show que, para impulsionar a procura, lançou uma condição de pagamento inédita para a rede de franquias: parcelamento das compras em seis vezes, com parcela mínima de R$ 30,00.
“As pessoas estão todas meio assim, sem saber o que vai acontecer. Mas estamos tendo bons resultados”, destaca a proprietária, Josiane Roberta Appel. Com novidades na linha de Páscoa, a loja está terceirizando as entregas aos clientes e usando a divulgação via jornal e redes sociais para chegar até o cliente. “Estou com a expectativa de ter uma boa venda através de muito esforço, meu e da equipe que se manteve comigo”, declara.
Marketing digital é reforçado
Na mesma situação, a Nath Nath estava focada na produção de seus ovos de colher quando os reflexos da pandemia chegaram ao Município. Para se reorganizar, além do serviço de delivery, a proprietária destacou uma funcionária para trabalhar exclusivamente com o marketing. Cabe à colaboradora passar o dia postando nas redes sociais e recebendo os pedidos que vão chegando nos diferentes meios de comunicação da loja. “Como as pessoas estão em casa, é muita mensagem para responder”, relata a empresária Branda Nath.
Seria o primeiro ano da empresa com a nova sede na Ramiro Barcelos. Antes, na João Pessoa, o empreendimento tinha um formato mais voltado à entrega e à retirada de produtos, o que acabou se encaixando com a única possibilidade de comercialização, hoje, diante das restrições ao comércio. “A gente só não vai ter o diferencial que a gente achou que ia ter esse ano”, lamenta Brenda.