Economia. De acordo com levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado, o frio deve alavancar as vendas em até 12%
As temperaturas caíram consideravelmente na última semana, e o retorno do frio pode alavancar as vendas de inverno. Essa é a expectativa de lojistas como a gerente Nelci Neves. De acordo com a gestora, os resultados já foram percebidos no estabelecimento em que trabalha.
“Deu uma boa melhorada nas vendas com o retorno das temperaturas mais baixas. Mas ainda espero que o mês de agosto seja bem frio para vender bastante”, comenta.
O presidente da CDL Montenegro, Tiago Feron, destaca que o saldo positivo de 43.460 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2018 no Estado é um dos fatores que deve contribuir para a expansão das vendas nos meses de inverno. Tiago também destaca que com as recentes quedas da Selic, as pessoas que costumam poupar estão optando por adquirir bens de consumo, reforçando a comercialização de produtos no varejo gaúcho.
“O desempenho do varejo no inverno gaúcho evidentemente depende da maior ou menor intensidade dos dias frios. Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul deixou de contar temporadas longas de baixas temperaturas, o que, efetivamente, causa prejuízo nas vendas. O fato positivo é que os lojistas não têm mais realizado grandes estocagens, o que evita maiores prejuízos em períodos em que a demanda é fraca. Todos estão se readequando, especialmente por questões de dificuldades na logística”, enfatiza.
Tiago salienta que, de acordo com levantamento realizado pelo Departamento de Economia da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), a ocorrência de baixas temperaturas no inverno pode trazer um crescimento de até 12% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O presidente ainda defende que os dias frios repercutem não apenas nas vendas de roupas e calçados, mas no consumo de artigos como aquecedores e ar condicionados, além de produtos farmacêuticos, especialmente os antigripais.