As aulas para habilitados custam R$ 50,00 por hora e são uma boa opção
Você tirou a Carteira Nacional de Habilitação categoria B, para veículos, mas não teve oportunidade de dirigir e ficou inseguro por conta disso? Calma! Existe uma solução mais próximo do que imagina. Em Montenegro, há um serviço de autoescola para habilitados, aos que não possuem mais a segurança ou conhecimento necessário para sair trafegando – e desbravando – o trânsito.
O serviço já é bem consolidado na cidade, há 20 anos sendo prestado pelo instrutor João Fidelino Machado, 63 anos. Natural de Arroio Grande, fronteira com Uruguai, como faz questão de frisar, ele conta que resolveu dar aulas práticas de “reciclagem” para ajudar as pessoas, aliando renda ao gosto que nutre pela profissão.
“Na época, fui ao Detran de Porto Alegre me informar sobre como oferecer um serviço registrado. Fiz, então, todas as alterações necessárias no carro, com os comandos de pedais também do meu lado, porque qualquer erro do aluno temos segurança eu e ele”, explica.
Com alunos de diferentes faixas etárias, homens e mulheres, ele relata que a insegurança é a principal motivação dos que o procuram. O número de horas de aula depende inteiramente das condições e do preparo de cada cliente.
“O valor da aula é R$ 50,00. Há aqueles que agendam 10 horas/aula, mas, com cinco, já estão bem seguros. Cada um tem um nível de dificuldade e aprendizado e as práticas são desenvolvidas respeitando isso. Tenho clientes que não adirigem há 15 anos, então é como partir do zero”, destaca.
Sem número de clientes fixos por mês, e com a crise que assolou o país no último ano, segundo João, houve uma redução na procura. “Mas, ainda assim, sábado eu dei três aulas e domingo uma”, orgulha-se.
Muito calmo e bastante conhecido, principalmente no Centro da cidade, onde entre acenos e sorrisos cumprimentava os conhecidos durante a entrevista, o instrutor acredita passar toda essa tranquilidade durante o ensinamento. “Nunca ocorreu nenhum acidente em todo esse tempo que sou instrutor para habilitados. E eu explico quantas vezes for preciso; vamos devagar. Enquanto for possível, quero seguir com esse trabalho. Eu adoro essa profissão”, conclui.