A culinária japonesa vem crescendo e ganhando novos adeptos e opções de restaurantes na Cidade das Artes
O sushi é um prato típico da culinária japonesa que, aos poucos, foi ganhando espaço e conquistando os brasileiros. O mesmo acontece em Montenegro, local onde começou a ser introduzido no início dos anos 2000 e agora conta com várias possibilidades de escolha para os consumidores. Hoje o sushi pode ser degustado em buffets ou ser apreciado no conforto do lar, graças ao serviço de delivery. Diante das possibilidades, difícil é resistir à tentação de experimentar. Em geral, quem prova aprova.
O empresário Montagui Eidt de Andrade, de 44 anos, proprietário do restaurante ChinaTchê, foi pioneiro na produção e venda de sushi na cidade. Durante alguns anos, ele morou em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e lá desenvolveu o gosto pela culinária chinesa. Ao retornar para Montenegro, durante uma conversa com amigos, surgiu o questionamento do que estava faltando na cidade. Da pergunta, nasceu uma ideia e logo a formalização de uma sociedade. Em 2005, ele abriu o primeiro restaurante de comida chinesa da cidade – e o sushi? Calma que já vamos voltar a esse ponto. O sushi só chegou ao cardápio do restaurante quatro anos após sua inauguração. E, desde então, se tornou um grande sucesso.
Na época, para consumir o produto, era preciso aguardar a chegada do sábado para ir até o buffet ou pedir pela tele-entrega. Mas, com o passar dos anos, as coisas foram mudando, inclusive o próprio restaurante. Além de novo endereço, ele ganhou uma decoração tipicamente oriental e o proprietário investiu na sua própria profissionalização na área do sushi.
O mercado que começou a ser desbravado há quase duas décadas por Montagui abriga novos empreendimentos no ramo. O jovem Samuel Jacob Lamb, 27 anos, usou ingredientes como espírito empreendedor, criatividade e novas tecnologias para implementar um novo conceito na comercialização do sushi na “Cidade das Artes”. Ele e o sócio Raniery Ribas, 27 anos, deram origem ao River Sushi Delivery. O resultado da ousadia tem sido positivo e comprova que, no mercado do sushi, há espaço suficiente para o tradicional e para as novidades.
O sushi como uma nova experiência gastronômica
No início, Montagui enfrentou a desconfiança do público, que possuía uma visão um pouco distorcida sobre o sushi. Por sorte ou por apresentar peças que atraíam os olhares, a curiosidade dos clientes falou mais alto e gradativamente o produto foi conquistando fãs. “Há 16 anos, peixe cru era visto como uma coisa muito estranha. Muita gente teve a primeira experiência com sushi aqui no China”, lembra o empresário.
Hoje em dia, não é muito diferente. Várias pessoas têm vontade de experimentar, mas possuem receio de não gostar. O sushiman Raniery Ribas destaca que a comida japonesa é para ser apreciada e, para alguns, o gosto começa aos poucos. O segredo é consumir produtos aos quais já se está acostumado, o salmão é uma boa pedida. Aos poucos, o desejo de provar outras peças irá surgir, afirma o profissional. Tudo é uma questão de adaptar o paladar. “A nossa culinária é rica em sabores, temperos e sal. Já a culinária japonesa valoriza o sabor original do produto. Ela é delicada, suave, por isso, nosso paladar pode rejeitar, mas é só questão de adaptar e estar com a cabeça aberta pra isso. Se estiver disposto a aceitar, vai gostar“, garante Raniery.
Se mesmo com essas dicas ainda houver receio sobre o que pedir, é só solicitar ajuda para Raniery. Na parte da manhã, ele atua como sushiman no China Tchê, local onde começou a carreira há seis anos. De noite, ele prepara os pratos do cardápio do River Sushi Delivery, onde é sócio. “O Hot é a porta de entrada para quem começa a consumir sushi. Ele é um prato contemporâneo, é frito e por isso tem maior aceitação. A dica é iniciar por este e, aos poucos, ir se adaptando”, dá a dica.
“Experimentei e, desde então, não sei como me livrar desse vício”, afirma estudante
O “relacionamento” da estudante de Direito Eduarda Pimentel, 19, com os pratos da culinária japonesa ainda é novo, mas dá sinais de que será duradouro. “O primeiro contato que tive com o sushi foi em um jantar entre amigas. Todas já gostavam, experimentei e, desde então, não sei como me livrar desse vício”, comenta.
Eduarda faz parte do grupo de pessoas que movimenta o mercado do sushi na cidade. No caso dela, o consumo do produto só não é maior devido ao valor. “Como sushi uma ou duas vezes por mês. É uma culinária com um valor bem alto em relação às outras”, observa.
Em relação ao que mais gosta, a estudante é bem clara. “Gosto de tudo. Com o tempo, fui aprendendo a gostar de todos os tipos de peixes que, por sinal, são muitos”, assegura. Mas na hora de escolher entre jantar fora ou pedir em casa, aí fica difícil. “Buffet livre tem mais opções. Mas agora na cidade tem um lugar maravilhoso para pedir sushi e comer em casa com diversas opções e de alta qualidade. Foi a primeira vez que experimentei o conforto de comer minha comida preferida em casa”, comenta.
O diferencial que estimula o consumo do produto
Não é de hoje que se ouve falar que a propaganda é a alma do negócio. O empresário Samuel Jacob Lamb e seu sócio Raniery apostaram em uma sacada moderna para divulgar o Sushi Delivery por meio das redes sociais e na mídia tradicional, ou seja, no jornal.
A experiência do designer Felipe Horst foi aproveitada na elaboração dos flyers de divulgação. O material é ilustrado com os pratos preparados por Raniery. As fotos chamam a atenção e despertam o apetite dos consumidores.
O Instagram se tornou uma das principais vitrines do River. Contudo, o empresário Samuel também investe na tradicional publicidade feita através dos jornais. “A divulgação no Jornal Ibiá foi o estalo para nosso negócio. Conciliamos a divulgação no jornal com uma pegada bem moderna no Instagram”. O resultado positivo foi observado já na primeira divulgação no Jornal. “As pessoas não paravam de ligar. Não demos conta de atender a tantos pedidos”, comenta o proprietário. “Sem a divulgação no Jornal, não atingiríamos um número tão grande de pessoas”, observa.
O River Sushi atende de segunda a sábado, das 17h30 às 23h. Para tirar todas as dúvidas dos clientes, os pedidos são feitos pelo WhatsApp 51 980 338 203. “A gente não criou um cardápio com preço. Para saber valores, as pessoas têm que enviar uma mensagem pra nós. Isso abriu um canal de comunicação direto com nossos clientes”, comenta.
Atualmente, o River consegue atender a 25 pedidos por noite, mas a demanda já se mostra maior, afirmam os sócios. “Queremos ter condições de atender mais. Tem sido gratificante receber o retorno das pessoas”, conclui Samuel.