Setor livreiro comemora bons números de 2017

Venda de livros aumentou em 2017 e o faturamento no mercado foi maior que o de 2016, segundo sindicato

estreias de filmes como It-A Coisa impulsionam a venda de exemplares

Dados do Painel das Vendas de Livros no Brasil, divulgado pela Nielsen Bookscan Brasil, em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), apontam que, entre 2016 e 2017, houve um aumento nas vendas do setor livreiro no país. Na cidade de Montenegro, esse crescimento pode ser percebido principalmente nos últimos meses do ano passado.

Para Eduardo Dias, proprietário de uma livraria desde maio de 2017, o negócio foi surpreendentemente positivo. Em pouco tempo trabalhando no ramo, ele já conseguiu ter uma clientela fixa. “Existem aqueles leitores assíduos que sempre voltam, dando uma boa aquecida nas vendas”, conta Eduardo, que lucrou mais do que o esperado no mês de dezembro.

Segundo o secretário de Economia do Ministério da Cultura, Mansur Bassit, esse resultado traz boas perspectivas para esse nicho. “O mercado deu uma aquecida em 2017, depois de vários anos estagnado, atingindo o faturamento de R$ 100 milhões a mais do que em 2016”, festeja. Em termos de volume, houve um crescimento acumulado de 4,55%, equivalente a cerca de 1 milhão e 800 mil exemplares.

Na livraria de Eduardo, as vendas são diversificadas e não existe um gênero que tenha mais demanda que outro. Depende de fatores como filmes lançados e acontecimentos. “Os gostos são muito variados, têm relação com a necessidade de cada pessoa”, relata Dias. “Nos últimos meses, os livros de maiores saídas foram It-A coisa, de Stephen King, e o Nosso Lar, do médium brasileiro Chico Xavier”, conclui Dias.

Em uma outra livraria da cidade, as vendas também aumentaram. Para a vendedora Betina Roveda, a grande quantidade de lançamentos entre o final de 2017 e o início de 2018 tem impulsionado as vendas. “As pessoas vêm conferir as novidades e acabam voltando para comprar os livros mais antigos do mesmo autor”,comenta Betina.

Para Nilton Almeida, que trabalha na área de segurança, a leitura é um habito que se perdeu na atual geração. Apaixonado por livros de suspense policial, ele acredita que falta interesse por parte dos jovens, que estão lendo cada vez menos. “Um reflexo negativo disso são as músicas, cada vez mais pobres culturalmente”, declara Almeida. Os três livros mais vendidos em 2017 foram “Batalha Espiritual”, “Sapiens” e “O homem mais inteligente da história”.

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