Retestagem da Covid não ocorre em todos os casos, mas pode ser necessária

Se positivado novamente, o paciente segue de atestado

Foi na quarta-feira, 2, quando o vice-prefeito Cristiano Braatz começou a desenvolver alguns sintomas da Covid-19, como calafrios e coriza, mesmo tendo feito as três doses da vacina. Preocupado, no outro dia já foi realizar o teste, que foi positivado. Após cumprir o isolamento indicado, por seis dias, mesmo sem sintomas, Braatz decidiu refazer o teste antes de voltar às suas atividades. Positivado novamente, o vice-prefeito diz que a decisão de retestagem foi um ato de respeito. “Refiz o teste por uma questão de responsabilidade com a minha família, pessoas ao meu entorno e público em geral. Pelo fato de eu ter tomado as três doses, o ciclo do vírus tem no máximo dez dias, então mesmo estando apto a voltar para o trabalho e não sentindo nada, eu continuo sendo um potencial transmissor do vírus”, ressalta.

Ele destaca o risco que outras pessoas correriam caso voltasse ao exercício antes do fechamento dos dez dias, com o vírus ainda ativo. “Eu poderia contaminar várias pessoas que poderiam não sentir nada, ou apenas sintomas leves. Mas, e se uma delas é acometida de maneira grave, com internação, sequelas, ou até mesmo vir a óbito? A culpa seria minha. Temos que ter responsabilidade com a nossa saúde e com a dos outros”, argumenta. O alerta vai para todas as pessoas que já foram e ainda serão contaminadas pelo vírus. “O mais importante é a saúde”, finaliza Braatz.

Patricia Barros, Enfermeira da Vigilância em Saúde de Montenegro, pontua que a retestagem não é um procedimento indicado em todas as situações. “Realizamos em situações de surtos e para trabalhadores de saúde que atuam em áreas assistenciais”, afirma. Ela ainda salienta que cabe à Vigilância em Saúde Municipal analisar a situação para confirmar ou descartar a existência de surto de síndrome gripal e orientar a adoção de medidas de controle cabíveis.

A população em geral deve seguir as definições do Ministério da Saúde. Indivíduos com status vacinal atualizado que sejam sintomáticos devem seguir isolamento de no mínimo sete dias e 24 horas sem febre; já os assintomáticos seguem isolamento por sete dias, a contar do diagnóstico laboratorial. Quando são indivíduos com status vacinal em atraso ou não vacinados, os sintomáticos fazem isolamento de 10 dias e 24 horas sem febre, a contar do início dos sintomas; e os assintomáticos ficam em isolamento por 10 dias a contar do diagnóstico laboratorial.

Quando fechar o 5º dia do início de sintomas, se a pessoa que positivou não apresentar mais nenhum sintoma é feito o teste de triagem de uso único, indicado para a detecção da Covid-19, o TR ag. “Se o resultado for negativo a pessoa pode retornar ao trabalho, já se for positivo ela permanece em isolamento até fechar o tempo de afastamento conforme situação vacinal”, conclui Patricia. De acordo com o secretário da Saúde, Rodrigo Streb, é necessário que as pessoas entendam que a vacina não impede a transmissão do vírus, mas melhora a imunidade do corpo contra o patógeno. Assim, a vacinação diminui, de maneira relevante, a chance de agravamento e morte pela Covid-19.

Executivo e Legislativo seguem com alteração até segunda-feira
Quando entrou em isolamento, Braatz estava exercendo o cargo de prefeito, nas férias do titular, Gustavo Zanatta, que vão até o fim deste mês. Com sua ausência, quem assumiu o Executivo foi o presidente da Câmara, o vereador Talis Ferreira. Ele seguirá à frente da Prefeitura Municipal até o retorno do vice, previsto para segunda-feira, 14. Nesse meio tempo, o Legislativo está sob o comando do vice-presidente, Valdeci Alves de Castro. A vereadora suplente, Fabrícia de Souza, que fez história ao se tornar a primeira vereadora negra da história do Município, também continua no cargo até o retorno de Talis.

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