Restaurante Popular é pauta na Câmara de Vereadores

Em tempos de crise com o aumento dos alimentos constantemente, Montenegro dá espaço para uma pauta muito relevante. A implementação de um Restaurante Popular na cidade é ideia há um tempo, mas ainda não é uma realidade. Na manhã de sexta-feira, 22, o assunto esteve em pauta na Câmara de Vereadores em uma reunião proposta pela vereadora Camila Oliveira, onde representantes da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social (SMHAD) e Cidadania e Diretoria de Assistência Social e Cidadania (DASC) estiveram presentes.

Carliane Pinheiro, a Kaká, diretora de assistência social, explica que, apesar de não faltar interesse por parte do setor, o projeto ainda não foi criado por falta de recursos. Ela pontua que, apenas com compra de vagas e manutenção de crianças e idosos em abrigos e asilos, residencial inclusivo (onde pagam por vagas emergenciais) e a casa de passagem (Recreo), a pasta gasta em torno de R$ 350 mil por mês, sem contar com a folha de pagamento dos funcionários. Ainda, Kaká aproveitou o momento para um desabafo. “As pessoas precisam olhar mais para a Assistência Social, porque o serviço está sucateado. Precisamos da contratação de mais profissionais para atender a população montenegrina, que cresceu”, destaca. Para ela, é preciso construir um plano de trabalho com outras secretarias e diretorias para unir forças atrás de recursos.

Assim, ficou definido que a secretaria e a diretoria presentes devem montar um projeto com orçamento do valor necessário para a implementação de um Restaurante Popular no município. Após, um grande grupo com potenciais interessados em realizar doações, além de diretorias, será chamado para apresentação do projeto e discussão dos próximos passos. “Vamos mapear e ver quem são pessoas envolvidas, mas para isso precisamos ter um projeto na mão com custos e valores viáveis, que seja uma realidade hoje e que dê para fazer”, ressalta Camila. O projeto pra implementação deve ser apresentado em dois meses. Foi debatido sobre a realização do contato também com o Governo Estadual e Federal para arrecadação de recursos.

O Restaurante Popular de Caxias do Sul é um dos exemplos citados por Camila. “Eu conheci o local. Eles não apenas dão o peixe, eles ensinam a pescar. Dentro de toda a estrutura do restaurante, eles têm salas de estudo e oficinas de trabalho, então eles ensinam as pessoas e dão qualidade de vida para elas”, explica. A ideia também deve estar dentro do projeto para Montenegro, com qualificação das pessoas que podem ser reinseridas na comunidade e mercado de trabalho. (IF)

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