Outro caso de criança precisando de leito em UTI Neonatal evidencia a necessidade de instalar este serviço pelo SUS no Vale do Caí. Desta vez a apreensão é da mãe Vanessa Viana de Jesus, que desde a manhã de domingo, 30 de abril, acompanha o martírio do pequeno Kauã, de apenas 52 dias de vida, atendido no HM Regional (Hospital Montenegro).
A situação começou na sexta-feira, 28 de abril, quando a criança apresentou quadro de febre, tosse e catarro. Mesmo com certa irregularidade no Raio-X, o pediatra de serviço do Pronto Socorro (PS) do HM liberou a criança, sob orientação de cuidados e observação constante da mãe para uma evolução negativa do quadro.
Então, nesse domingo, o recém-nascido piorou, e, após nova consulta no PS com outra pediatra, foi internado com diagnóstico de Bronqueolite. “Ele está aguardando transferência pra uma UTI infantil, mas não tem previsão para quando”, lamentou Vanessa, já na noite de ontem.
O momento de maior desespero foi quando teve parada cardíaca, ainda durante a manhã do domingo. “Meu bebê não tem nem dois meses e eu me vi sem ele. Foi a pior coisa do mundo”, descreveu a mãe. Kauã então foi ligado ao respirador artificial e houve determinação de internar em UTI.
A direção do HM Regional recorda que essa transferência é de responsabilidade da Regulação Estadual; sem ingerência do hospital ou da Secretaria Municipal de Saúde, apesar destes dois entes terem realizado contatos na tarde de domingo.
A casa de saúde manteve suporte médico, com a criança internada da Sala Vermelha do PS. Com uma sensível melhora ao longo do dia, foi retirada da ventilação mecânica por respirador, mantendo apenas o oxigênio em alta velocidade (CPAP). A pediatra também seguiu acompanhando.
Segundo a secretária de Saúde, Andréia da Costa, no domingo havia ainda outra criança no HM esperando encaminhamento pelo Estado. Esta não precisou intubação, sendo caso pós-operatório que aguarda leito no Hospital de Cardiologia.(RE)
