Preocupação com a Diabetes começa cedo, dentro da escola

Alunas do Colégio AJ Renner se dedicaram a estudar e a explicar a doença

Não é de hoje que a Diabetes preocupa e população mundial. Com a expansão da tecnologia, o sedentarismo, a falta de exercícios físicos, também se tornaram parte da rotina. As estudantes Lisiane Weber e Paola Lehder, ambas de 18 anos, interessaram-se em pesquisar as características da doença, para repassar esse conhecimento aos visitantes da Feira de Iniciação Cientifica da escola AJ Renner. Para a elaboração do trabalho elas utilizaram artigos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Sociedade Brasileira de Diabetes e do News Medical Life Sciences.

O que mais chamou atenção das estudantes nas suas pesquisas foram os sintomas, a prevenção e os tipos de tratamentos da doença, que fizeram questão de abordar na apresentação e no relatório. “Não é necessário usar de muito tempo em questionários para perceber que a maioria dos brasileiros não sabe disso ou tem uma vaga ideia, baseada no senso comum. Foi possível constatar esse fato através do questionamento a alguns estudantes e professores sobre o que é a diabetes, seus sintomas, quais os cuidados que os diabéticos precisam ter”, declara Lisiane.

A Diabetes é uma doença que pode ser hereditária, caracterizada pela incapacidade do organismo para utilizar a glicose, ou porque não consegue produzir insulina ou por não empregar adequadamente a que produz. Paola lembra que é a insulina que faz o transporte da glicose (açúcar convertido dos alimentos ingeridos) presente no sangue para as células, onde será usada como energia. “Há dois tipos de diabetes: em uma, o pâncreas, responsável pela produção de insulina, fabrica pouca ou nada. No outro caso, a insulina é produzida, porém em quantidade menor do que a glicose, ou o corpo se mostra resistente a ela”, explica.

As estudantes observam que a Diabetes é uma doença silenciosa. Os fatores de risco aos quais se deve estar atento são excesso de peso e obesidade, ingestão de açúcar e gordura em excesso, sedentarismo, histórico familiar e herança genética, idade, estresse, alcoolismo, diabetes gestacional prévia, histórico de doença cardiovascular prévia. “A prevenção para quem tem um ou mais desses fatores deve ser adotar um estilo de vida mais saudável e fazer exames regulares”, diz Paola.

Tratamento
O tratamento envolve remédios, mudanças na alimentação e exercícios. De acordo com Paola, a alimentação é muito importante e, por isso, é necessário ir a um nutricionista que orientará o diabético, segundo a necessidade do seu corpo. O mesmo vale para elaboração das atividades físicas. “Para o controle da diabetes, também é preciso verificar a taxa de açúcar no sangue diariamente, utilizando as tiras reagentes e o glicosímetro”, comenta.

O tratamento, no tipo 1, consiste em aplicações de insulina de duas a três vezes no dia, ou no uso de uma bomba, responsável por liberar o medicamento na corrente sanguínea aos poucos, durante o dia.

No tipo 2, é feito por ingestão de medicamentos hipoglicemiantes, como sulfonilureias, glinidas e inibidores da alfa-glicosidase, que ajudam a controlar a produção e a secreção de insulina pelo pâncreas.

Insulina? O que é isso?
As estudantes explicam que insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas, com uma importante função ao metabolizar a glicose no sangue, para a produção de energia. “Quando existe algum transtorno na produção de insulina, podendo ser pouca ou nenhuma, a pessoa é diagnosticada com diabetes”, afirma Lisiane. Para o controle da glicose na corrente sanguínea, é necessário realizar a reposição exógena da insulina com aplicações diárias. Ela é desenvolvida em laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante.

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