Prefeitura demora demais para comprar a merenda escolar

Reunião. Produtores levaram a situação a debate na Câmara Municipal

Na última segunda-feira, dia 24, ocorreu uma reunião na Câmara Municipal de Montenegro para questionar o atraso na compra da merenda escolar por parte do Município. Estiveram presentes os vereadores Josi Paz (PSB) e Juarez da Silva (PTB), a Associação dos Produtores Rurais, a Emater e o Conselho de Alimentação Escolar. Os vereadores consideram esse atraso uma demora da Prefeitura e reivindicaram que os processos de compra sejam modificados.

A nutricionista do Conselho de Alimentação Escolar, Viviane Vogt, diz que o planejamento começou a ser realizado ainda em novembro de 2016, após reunião com os produtores locais. Segundo ela, o processo foi encaminhado em janeiro para que o chamamento público fosse realizado logo em seguida.
Priscila Nunes, a nova diretora de Licitações, que assumiu em maio, conta que um dos primeiros encaminhamentos que fez foi o chamamento público para a compra dos produtos da agricultura familiar. Mesmo assim, o processo de compra só foi concluído agora, no mês de julho, no valor de R$ 207 mil, sendo que os produtos já estão sendo entregues.

O agricultor Claudiomiro Tomasi conta que tudo estava certo por parte dos responsáveis pela merenda escolar, mas que o processo não andou quando chegou à Prefeitura, de modo que a demora chegou a quase seis meses.

Além da compra de produtores locais, que é prevista em lei, não estar sendo feita, o vereador Juarez da Silva aponta que o lengalenga prejudica as crianças, já que muitos produtos não poderão ser entregues em razão disso. Para ele, o mais importante a se fazer é buscar alternativas para que o episódio não se repita no ano que vem.

Um dos prejudicados com a questão foi o produtor Joel de Campos. Com o atraso, ele perdeu a produção de morangas que tinha plantado para atender a merenda escolar. O produtor contabiliza que, se tudo tivesse ocorrido conforme o planejado, os sócios da Associação dos Produtores Rurais teriam comercializado cerca de R$ 500 mil em produtos para a merenda. Ao fim da reunião, o secretário de Administração, Adão Vargas Aloy, garantiu que o chamamento público em 2018 será feito antes do início do ano letivo.

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