Enquanto muitos, aos 20 anos, ainda não sabem bem o que querem da vida, outros já têm em mente a carreira que pretendem seguir e em qual área do estudo se especializar, como é o caso da jovem Marília Sirtuli, 20 anos.
Com a fala ansiosa de quem resolveu empreender desde muito cedo, e na cabeça todos os sonhos do mundo, Marília conta que nasceu para costurar, o que realiza com destreza desde os 15 anos. Entre jaquetas, saias, blusas, calças e até mesmo bolsas e lingeries – todas as peças exclusivas-, ela realiza os processos sozinha, do molde à escolha do tecido e costura, e, sempre que possível, ao som de Jazz, seu gênero musical preferido. As peças custam entre R$30,00 e R$90,00.
O trabalho ainda pouco conhecido em Montenegro, iniciado em meados de janeiro, mas ela mantém o sonho de ampliar o ateliê Mariposa, atualmente aconchegado em uma sala da casa onde mora, na rua Tristão Fagundes, bairro Ferroviário.
“Eu considero o trabalho da costura uma arte. É você pegar um tecido e conceber a ele uma ideia; um formato. É esse processo do início ao fim, de transformar aquilo que era inanimado e torná-lo personalizado para vestir alguém”, destaca.
Com a mente jovem e apostadora, Marília almeja conquistar em breve seu documento de empresária, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), e investir em sua marca, com embalagens e etiquetas personalizadas ao gosto do freguês.
“Além de que, daqui pra frente, seguirei aperfeiçoando as técnicas que aprendi, buscando mais conhecimento para me tornar uma empreendedora singular. Estou bem no comecinho do negócio, mas já dá um certo alívio, uma segurança, em saber desde muito nova qual carreira quero seguir”, salienta.
Aperfeiçoar-se a costura
Desde o início do seu trabalho, Marília conta que já conquistou aproximadamente 100 clientes, e que seu público-alvo são mulheres jovens, mas que pretende ampliar essa faixa etária. “Sou financeiramente organizada. Tenho anotações de todas as minhas contabilidades. E desejo muito iniciar a faculdade de Design de Modas, que auxiliará ainda mais. Costurar é o que quero fazer para a vida. É o que mais gosto de fazer”, relata.
Formada no curso de Corte, Costura e Modelagem, a jovem conta que faz também consertos e customizações em roupas e que está em um processo de transição. “As pessoas estão comprando mais o artesanal. E comprando de pequenos produtores locais, contribui-se com o comércio e economia do município. Não há mais barreiras em relação a isso, à adesão das pessoas a esse tipo de mercado. Faltam apenas espaços e eventos para incentivar esse tipo de artesão no na cidade”, conclui.