Na segunda gravidez, três filhas de uma vez

Faz um mês que as trigêmeas Sofia, Laura e Júlia estão em casa. Quem pensa que a vida da mamãe Rita Aires virou um caos, está muito enganado. A casa da família, na localidade da Vendinha, é só amor e tranquilidade.

“Elas já conversam entre si”, afirma a mamãe. “Uma resmunga, faz um barulhinho, e a outra logo responde”. Apesar de ter agora quatro crianças em casa, os moradores não têm uma rotina fixada. “A gente vai agindo conforme as coisas vão acontecendo”, conta Rita.

A falta de rotina não significa desorganização. Para não perder o controle, todas as atividades são anotadas em um caderno, com horário, nome da bebê e os detalhes necessários. A irmã mais velha, Ana Luisa, ajuda nessa hora. “A gente marca o banho, as funções fisiológicas e as mamadas. Até para sabermos se está tudo certinho com elas. Graças a Deus, até agora tudo está normal”, explica Rita.

A amamentação no peito é por livre demanda, mas, como são três bebês, há um complemento na mamadeira. Esse é regulado e dado em horário pré-determinados. “As vezes elas querem mamar. Mas as vezes, só querem um colinho mesmo. Então, sempre que elas pedem o peito, eu dou”, diz Rita.

Uma das dúvidas dos amigos é se Ana Luisa não ficou enciumada com a atenção, que antes era somente dela, dispensada para as trigêmeas. “A gente está vivendo uma experiência, que é muito boa. Eu gosto muito de ter as maninhas”. A mãe conta que, na casa, ela faz questão de participar de todos os cuidados com as caçulas, assim como o pai, André, que ajuda em tudo.

Mamães “emprestadas”
Apesar de ser uma experiência cheia de amor, o trabalho com as recém-nascidas é triplicado. Para dar conta de três banhos, várias mamadas e muitas trocas de fraldas, Rita conta com a ajuda permanente da irmã Vanda Ferreira, 47 e da mãe Cerize Ferreira, 67. “Eu praticamente me mudei pra cá. Essa noite fui dormir em casa e praticamente não dormi porque ficava com a cabeça aqui”, diz a avó das crianças.

“Minha filha já é adulta, então eu estou revivendo toda a experiência de ser mãe de bebê com as sobrinhas”, afirma Vanda, enquanto embala a pequena Laura. “Aqui dentro o tempo passa de um jeito que a gente nem vê. Tudo acontece no tempo delas”, afirma a tia das crianças.

A ajuda da família tem sido essencial nesse momento. Mas Rita conta que a comunidade também faz questão de se dispor. “Todos aqui se oferecem para ajudar, perguntam se a gente precisa de alguma coisa”, conta. “As vezes vem alguma vizinha com um pão quentinho que acabou de fazer, ou algum mimo. Isso é muito carinhoso”.

Apesar da atenção, ela conta que sente o respeito da vizinhança em relação às meninas. “Todos querem conhecer elas, mas estão respeitando um tempo, o que é muito importante por elas terem sido prematuras”, diz. Os carinhos vêm em forma de artesanato também. Há toalhas, fraldinhas de boca e paninhos com bordados e crochê. Também tem roupinhas feitas em crochê e até a bolsa em patchwork. Tudo presente de pessoas próximas à família. “É tudo muito delicado. Tem um carinho em cada ponto feito pensando na gente”, afirma a mamãe.

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