Novo serviço deve qualificar o acolhimento a quem vem de fora do País viver no Município
A equipe da secretaria municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania se organiza para, já nos próximos dias, abrir o “Centro de Referência do Imigrante de Montenegro”. Segundo a diretora de Assistência Social do Município, Carliane Pinheiro, o espaço vai contar com uma equipe técnica com psicólogo, assistente social e educador social, dentre outros, que farão acolhimento e a inserção dos imigrantes que vêm morar na cidade nos serviços assistenciais.
“Nós estamos com uma demanda bem grande de imigrantes. Têm os que vieram da interiorização (programa da ONU e do governo brasileiro voltado a venezuelanos refugiados) e também a demanda espontânea que está chegando para nós”, comenta a diretora. São mais de 300 os imigrantes em Montenegro atualmente; a maioria venezuelanos, mas também outros, como haitianos e guineenses. “Muitos vêm praticamente sem nada. Então, esse Centro é para podermos fazer um atendimento mais qualificado a eles”, completa Carliane.
A iniciativa será custeada pela União, através do Ministério da Cidadania, com o envio de R$ 508,8 mil ao Município; que cadastrou projeto visando receber o recurso. O cronograma de custeio prevê a execução durante seis meses; e a Administração Municipal já projeta pleitear novo valor para que a iniciativa tenha continuidade. A entrada da verba no orçamento, com abertura de crédito especial, foi aprovada pelo Legislativo na sessão ordinária dessa quinta-feira, 22, e, agora, o Executivo está encaminhando a contratação dos profissionais que atuarão no novo serviço.
Em sua justificativa aos vereadores, o prefeito Gustavo Zanatta detalhou a necessidade da iniciativa. “Os serviços socioassistenciais têm se deparado com um recorte significativo de migrantes em vulnerabilidade social decorrente da fragilização em ter deixado para trás seu país de origem, familiares, trabalho, cultura; e apresentando demandas básicas entre as quais podemos citar organização e regulamentação de documentação; inclusão no mercado de trabalho e rede de educação; acesso à saúde e moradia; necessidade de utensílios domésticos, desde móveis a pequenas utilidades; alcance de alimentos, tanto para evitar a fome quanto para adaptação alimentar; dificuldades com o idioma e desafios quanto à cultura”, escreveu. Visando qualificar o atendimento a essas demandas, o Centro de Referência do Imigrante deve funcionar junto à secretaria de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania.