Estudantes se unem à defesa das abelhas

MEIO AMBIENTE. Escola Adão Martini pretende espalhar enxames na Vendinha

O trabalho fundamental das abelhas na polinização, em especial para a agricultura, motiva uma campanha de proteção a estes insetos, que inclusive correm risco de extinção devido à interferência humana. Essa mobilização chegou ao espaço de conhecimento das escolas, e na Escola Estadual de Ensino Médio Adão Martini virou projeto científico destacado em feiras.

A proposta foi da professora de Ciências da Natureza e de Tecnologias, Deise de Campos, que trabalhou o tema com o 1º Ano do Ensino Médio em 2024; unindo a característica de Escola do Campo da Adão Martini com sua expertise de filha de agricultores em Triunfo. Deise inclusive buscou especialização através de curso do Senar, e hoje maneja colméias de nativas sem ferrão (ASF) na propriedade do pai, Lino Ferreira de Campos, atestando sua contribuição para o cultivo da melancia.

“Eu cresci neste meio”, ressalta a professora/agricultora. Assim, trouxe para a sala de aula o conhecimento a respeito do ciclo perfeito, reproduzido pelos alunos com uma colméia da espécie brasileira Jataí. A colméia da ASF colocada na escola poliniza jardins e lavouras no raio de 1 km. O ecossistema fortalecido atrai mais pássaros, que por sua vez cumprem a função de espalhar sementes, reflorestando a comunidade da Vendinha.

Assim o projeto “Abelhas Jataí e os Curadores da Terra” pretende multiplicas as colméias pela localidade, instalando enxames nos pátios das casas e propriedades rurais. Ele assinala ainda as propriedades medicinais do mel e da própolis, comprovadas cientificamente, ampliando a afirmação do título da pesquisa também as pessoas.

Mel, em especial de abelhas nativas, tem propriedades curativas

Benefícios do mel e da própolis

O estudo científico foi apresentado na Mostra Científica da Adão Martini e depois levado à Mostra Regional Científica promovida pelo Governo do Estado, em Novo Hamburgo. Ele foi desenvolvido pelos alunos Maria Clara Pereira Martins, 16 anos; Suellen Padilha Costa e Asaphe Silva dos Santos, ambos de 17; com enxame fornecido por meliponário de Nova Petrópolis.

Os jovens passaram por algumas das principais feiras científicas do Rio Grande do sul, defendendo a preservação das abelhas nativas e das africanizadas. Suellen destaca ainda a pureza do mel da espécie Jataí, com propriedades nutricionais mais elevados na comparação com o mel da abelha com ferrão. Mas também assinalou à função das abelhas no Meio Ambiente e na Agricultura.

O colega Asaphe foi responsável pela pesquisa a respeito da própolis, que para os insetos serve como isolante térmico e proteção. “Ele é dissolvido em álcool para fazer xarope que combate várias doenças pulmonares; e também está sendo usado em estudo para combater o câncer”, relata. Segundo o aluno, a própolis é tão importante quanto o pólen e o mel.

Maria Clara; Suellen e Asaphe levaram o conhecimento à Feira Regional

Veja entrevista com os alunos no Instragam do Jornal Ibiá: https://www.instagram.com/p/DEiJY38pkJP/

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