Fotógrafa Bruna Engel expõe no Goethe-Institut Porto Alegre

EXPOSIÇÃO “Pequena Alemanha” aborda a persistência do ufanismo alemão em comunidades gaúchas

Nesta quarta-feira, dia 17, às 19h30, será inaugurada a exposição “Pequena Alemanha” na galeria do Goethe-Institut Porto Alegre. A mostra, com fotos capturadas por Bruna Engel e curadoria de Letícia Lampert, segue até 31 de julho. Os registros oferecem um olhar crítico e curioso sobre as comunidades descendentes de imigrantes alemães no interior do estado do Rio Grande do Sul. “Tento usar a fotografia como ferramenta para expressar o que vemos e refletir sobre os movimentos culturais nessas comunidades”, destaca Bruna, cujo trabalho investiga como certo ufanismo alemão ainda permeia essas localidades, mesmo após dois séculos da chegada dos primeiros imigrantes.

Para Bruna, nascida em São José do Sul e atualmente residindo em Montenegro, o tema sempre foi pertinente, dada sua convivência com uma comunidade de ascendência alemã. Após visitas a Alemanha, o desejo de registrar as características presentes nas cidades de descendência alemã no RS se fez ainda mais forte. “É interessante confrontar a Alemanha contemporânea com essas ‘pequenas Alemanhas’ reproduzidas aqui no interior do Rio Grande do Sul”, observa Bruna.

Registros traçam diferenças da Alemanha contemporânea e das “pequenas Alemanhas” do Rio Grande do Sul. Foto: Bruna Engel

A mostra, composta por 33 fotografias selecionadas entre um vasto acervo, oferece um panorama abrangente, incluindo registros de municípios como Montenegro, Pareci Novo, Maratá, Brochier, São Vendelino, Nova Petrópolis, entre outros. Em Montenegro, por exemplo, um artista reuniu retratos de cidadãos locais, buscando capturar a essência dessa comunidade.

A exposição fotográfica encaixa-se à proposta do Goethe-Institut, que além de comemorar os 200 anos da imigração alemã, propõe uma reflexão sobre o legado dessas comunidades no Brasil, sua adaptação, economia e questões culturais. “Fiquei imensamente honrada e feliz pelo convite do Instituto”, diz Bruna, destacando a importância da proposta do Goethe em estimular a reflexão sobre o passado e o presente das comunidades alemãs.

 

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