Estímulo à pesquisa científica desde o maternal

Conhecimento. A Feira de Iniciação Científica da Escola Municipal Adolfo Schüler envolveu toda a comunidade escolar

Nesta terça-feira, 17, a Escola Municipal Adolfo Schüller, localizada no bairro Panorama, em Montenegro, abriu seus portões para receber a comunidade escolar e a comissão responsável por julgar os 12 trabalhos da 2ª edição da Feira de Iniciação Científica. A mostra de trabalhos ocorreu em dois períodos, de manhã das 9h15min até as 10h30min, e de tarde, das 14h às 15h30min. A iniciativa tem o propósito de mostrar o que os alunos aprenderam com as pesquisas realizadas para fundamentar o tema dos projetos escolhidos.

Depois de estudar o que é sexualidade, agora os alunos irão pesquisar sobre “gênero”

Conforme a diretora da instituição, Giovana Melissa Costa, o objetivo da Feira de Iniciação Científica é possibilitar aos estudantes o primeiro contato com a área de pesquisa científica, o que no futuro irá contribuir na hora de elaborar trabalhos mais complexos, como, por exemplo, um estudo acadêmico. “Quando a gente fala em pesquisa científica muitos pensam que se trata de um ‘bicho de sete cabeças’ quando na verdade não é. Com esse trabalho, queremos que o aluno aprenda a pesquisar”, comenta a educadora. A escola também usa as aulas de informática para despertar o interesse dos pequenos pela pesquisa. Durante a elaboração dos projetos da Feira, eles puderam esclarecer dúvidas usando como ferramenta a internet.

Para saber de onde surgem os ovos, a turma foi visitar uma granja

A metodologia e o tempo de duração empregados em cada pesquisa teve variações. Alguns alunos, mesmo após a mostra, seguirão procurando mais informações sobre aquilo que lhes desperta curiosidade e interesse. Como é o caso do grupo formado por Rafael Vieira, de 10 anos, Meline Lima, 9, do 4° ano, e Emily Almeida, 13, do 5º ano. O trio optou em desenvolver um projeto científico sobre “Sexualidade e gênero”. A curiosidade moveu a turminha a conversar com a professora orientadora da escola. Em seguida, foi preciso conversar sobre a escolha com os pais. De acordo com os alunos, todas as famílias gostaram e apoiaram a ideia. “A gente tinha muitas dúvidas. Descobrimos que sexualidade não está ligado só ao sexo”, conta Rafael.
O grupo fez uma ampla busca até chegar a resposta que buscava. O estudo começou desde a concepção de um ser humano até a fase adulta. Mas quem pensa que eles estão satisfeitos com o que descobriram, engana-se. A partir de agora o foco será desvendar o que é “gênero”.

Alunos propuseram temas diversificados
Os alunos do Jardim B tiveram a curiosidade de saber “Como são os ovos das galinhas”, suas variações de tamanho e cores despertaram a interrogação. Mas a “problemática” foi proposta com base na observação de um dos coleguinhas de turma, no período da Páscoa. A criança questionou por que o coelho distribui ovos se quem os faz é a galinha. A observação levou os 17 pequenos estudantes, com idades de cinco e seis anos, a pesquisar como é a vida de uma galinha e o processo que dá origem aos ovos. “Eles descobriram características e curiosidades sobre os ovos. Levaram perguntas para casa e também foram em uma granja onde são produzidos ovos caipiras. Um deles tem galinha em casa e trouxe o relato de como o animal se comporta”, conta a professora Rejane Dietrich.

A turma do 1º ano soube explicar com detalhes o que faz e o que não faz bem para a saúde dos ossos

Para Rejane, esse tipo de trabalho de pesquisa deve acompanhar as crianças desde as séries iniciais. “As crianças não esquecem mais o que aprenderam, pois não é uma coisa decorada, é vivenciada. Acho que todos os assuntos devem ser abordados nessa linha, porque eles prestam mais a atenção”, assegura a docente.

As temáticas da Feira foram variadas. Teve aluno que pesquisou sobre hortas, outros sobre frutas, cores e seus sabores. E também aqueles que quiseram conhecer a estrutura que mantém em pé o corpo humano, ou seja o esqueleto. “Ossos” foi o tema escolhido para ser explorado pelos alunos do 1º ano da professora Aline Mello. Valentim de Almeida descobriu que se expor ao sol é importante, pois contribui para a absorção da vitamina D. Além disso, ficou sabendo como é feito um Raio X e a imobilização de uma fratura. Já a coleguinha dele, Taís Torres diz que se as pessoas não possuíssem ossos seriam iguais a uma “amoeba”, um material gelatinoso utilizado nas brincadeiras infantis.

Ainda em relação ao tema, eles descobriram que o refrigerante pode escurecer os ossos. Já o consumo do vinagre aumenta a flexibilidade, enquanto que a água e o cálcio contido no leite e seus derivados são essenciais para a saúde dos ossos.

Últimas Notícias

Destaques