Oportunidade. A Escola José Pedro Steigleder levou o patrono de sua biblioteca para conversar com os alunos ontem
Quatro turmas de 9º anos da Escola Estadual de Ensino Fundamental José Pedro Steigleder tiveram uma palestra com o químico e poeta Carlos Fernando Leser nesta terça-feira. De acordo com Magda Dreher Nabinger, professora de Artes Visuais, o encontro foi ao acaso. “No início do ano letivo, eu trouxe o tangram (um quebra-cabeças chinês com sete peças) para os alunos montarem, com o objetivo da interação. Além disso, o livro didático nos apresentou formas aleatórias de encontrar palavras e formar poesias, textos e desenhos”, afirma. “Isso casou com a ideia de chamar o patrono da nossa biblioteca, que é o Leser, para falar sobre sua aptidão com os vocábulos”, explica.
A atividade aconteceu no final da manhã de ontem, durante o horário de aula. Na ocasião, Leser passou slides indicando caminhos diferentes de se formar versos e palavras. Os elementos químicos da tabela periódica e a sopa de letrinhas foram alguns exemplos citados. Ao final, ele respondeu a perguntas dos cerca de 90 alunos que assistiram ao debate.
Conforme o químico, a proposta foi atingida. “Fiquei surpreso com a motivação das professoras em me convidarem e ainda mais com a interação dos estudantes”, afirma. De fato, o grupo estava sintonizado. “Nas vezes em que passei alguns versos no datashow, eles já tinham conhecimento e rolava aquela conversa interessante”, conta. “Acho que esses encontros que acontecem ao acaso são melhores que os formais e programados”, conclui.
Para os alunos, o momento foi de perguntas ao escritor
Kelly Luana dos Santos, 14 anos, era uma das que estava presente na sala. Ela gosta de literatura infanto-juvenil e espiritismo, mas considera estranha a iniciativa de a escola só ter trazido o escritor só agora para o debate. “Ano que vem, já não estou mais aqui e sequer o tinha visto. Acho que não tem como a gente ler uma obra sem nem saber um pouco sobre o autor. Então essa é minha intenção, saber sobre o conteúdo dele e o que ele escreve”, afirma.
Ketlyn Luane da Silva, 14 anos, gosta de História, romance e religião. “Eu só conhecia o Carlos Fernando Leser por nome, mas espero que a gente consiga aprender mais sobre o que ele faz e perguntar também”, comenta. No final, embora o tempo tenha sido curto para uma atividade mais aprofundada, as expectativas foram supridas.