As escolas da rede municipal de Montenegro terão, a partir deste ano, a robótica como método de ensino. Para falar sobre a novidade, o Estúdio Ibiá dessa segunda-feira, 20, recebeu a assessora especial da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec), Riviane Buhler da Rosa, e o diretor do Departamento de Educação, Tiago Vargas.
Conforme Riviane, no total, o poder público fez um investimento de mais de R$ 310 mil, que envolve, além dos kits de robótica, a formação de professores em relação aos materiais. Foram adquiridos 88 kits “explorador kids”, visando o atendimento das crianças de 3 a 10 anos, e 44 kits “steam”, para estudantes do 6º ao 9º ano. “Os kits contêm os elementos básicos que precisam para serem montados os robôs. Os anos iniciais irão trabalhar na programação e os finais vão montar o seu projeto de robótica”, destaca.
A contratação foi feita por meio da Escola Maker, conhecida por fomentar o uso da robótica em sala de aula. Riviane afirma que todas as escolas receberam os kits proporcionalmente ao seu tamanho. O projeto de robótica no ensino montenegrino visa estimular o interesse investigatório e exploratório e levar o aluno a questionar, pensar e procurar soluções. “Conhecimentos como programação, robótica, pensamento científico e computacional são exigências dos tempos atuais em todas as áreas”, enfatiza.
A capacitação dos professores para trabalhar com os materiais deve iniciar no final de março. Segundo o diretor do Departamento de Educação, a ideia é que, conforme avance a formação dos educadores, o conteúdo seja levado para a sala de aula. O objetivo é introduzir o desenvolvimento integrado de ciências, tecnologias, artes e matemática no currículo escolar. “Vai ser um trabalho interdisciplinar, dessa maneira vamos conseguir incluir essa relação entre os componentes curriculares”, pontua Tiago Vargas.
Com a robótica, o município busca agregar mais um método de ensino para os estudantes. Riviane salienta que já há alguns anos foi introduzida a iniciação científica nas escolas da rede municipal. “Agora vamos agregar com a questão da robótica o pensamento científico mais voltado para a tecnologia. A gente sabe da importância cada vez maior do uso da tecnologia para tudo na nossa vida, em especial para o aprendizado”, afirma. O futuro do projeto deve ser a criação de uma feira de robótica, que poderá credenciar os alunos a participarem de outras competições de nível estadual e nacional, assim como acontece atualmente com a Feira Municipal de Iniciação Científica (Femic). (WM)