Iniciativa que aproxima comunidade e instituições de ensino ultrapassa salas de aula e dá novos contornos à educação
Com o objetivo de incentivar a abertura das escolas nos finais de semana e apoiar a ocupação criativa desses espaços, surge o Escola Aberta. O programa fortalece a parceria entre as instituições de ensino e a comunidade, com atividades educativas, culturais, esportivas e oficinas de artesanato oferecidas aos estudantes e à população.
O Colégio Estadual Ivo Bühler Ciep, em Montenegro, é um exemplo de como a relação entre escola e comunidade é necessária e pode dar certo. À frente das atividades está o coordenador Lucas Braga, que conta como é desenvolvido o projeto na instituição: “Esse programa possibilita uma integração entre as famílias e os alunos do bairro, que podem e devem ocupar esses espaços nos finais de semana e usufruírem das diversas oficinas que oferecemos”. Braga enxerga nessas ações uma poderosa ferramenta de transformação social.
Dentro das atividades que o Escola Aberta disponibiliza há aulas de dança, várias modalidades de esporte, artesanato e teatro. Além disso, a população tem livre acesso para desenvolver na escola outros trabalhos culturais.
O coordenador chama atenção para a nova ideia implantada no colégio. “Agora nós temos também oficina de informática, que surgiu depois de algumas conversas com os oficineiros. O objetivo é possibilitar que as pessoas possam usar o laboratório para fazer pesquisas, criar currículo e estudar, como é o caso de algumas estudantes da comunidade que fazem graduação a distância e utilizam nossos computadores para esse destino”, acrescenta Lucas.
Hoje uma das principais demandas do projeto é o setor de esportes, com um destaque especial para a maior paixão do brasileiro, o futebol. A oficineira Mariana Schossler, responsável por esse departamento, comenta que o retorno é muito positivo, já que percebe uma procura significativa pelo esporte aos sábados e domingos. “Sempre temos gente ocupando as quadras nos finais de semana. Às vezes o pessoal traz a bola. Outras, nós emprestamos e tem situações que até dividimos o espaço por conta do número de participantes”, afirma Mariana.
O coordenador reforça a importância da comunidade ocupar e usufruir desses espaços públicos, contribuindo com um modelo de educação mais participativa e de inclusão social. “Nós estamos de braços abertos para receber a comunidade, sempre buscando oferecer nosso melhor como educadores e fazendo com que as pessoas se sintam acolhidas pela escola”, diz Lucas.
Como não há um controle quanto ao número de participantes, os responsáveis não sabem quantas crianças e adolescentes frequentam o programa.