Caso as negociações não avancem, nova assembleia ocorre dia 14 para decidir se haverá paralisação da categoria
Na última terça-feira, 7, os trabalhadores dos Correios decidiram por entrar em estado de greve e realizarão uma nova assembleia marcada para o próximo dia 14 de agosto, onde o movimento irá discutir a possibilidade de paralisação em todo o país.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect-RS), Evandro Leonir da Silva, explica que a iniciativa foi tomada visando a melhoria do serviços prestados pela empresa. “Por uma decisão unânime, os 36 sindicatos da categoria presente no Brasil optaram por não aceitar a proposta oferecida pela empresa, porém, seguimos negociando e, dia 14, teremos uma nova assembleia que vai reavaliar a situação, podendo ou não, a partir dessa data, iniciar uma greve”, disse o diretor.
O objetivo do prazo é para que as entidades envolvidas possam ter uma conversa/mediação com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), de forma que acordo seja favorável para ambas às partes.
“Decidir pela paralisação é nossa última opção, mas diante do cenário de precarização dos serviços dos Correios em virtude da sobrecarga dos funcionários, não teremos alternativa”, lamenta o sindicalista. “Uma das reivindicações é a contração por concurso público urgente, uma vez que o último processo de seleção realizado pela empresa foi em 2011”.
De acordo com o diretor da Sintect-RS, entre 2011 e 2012, os Correios atuavam com cerca de 127 mil trabalhadores espalhados pelo país, e hoje, são aproximadamente 105 mil, uma redução de 17,32%.
“É um déficit muito grande de trabalhadores, e paralelo a isso, as cidades estão crescendo e os funcionários não estão dando conta da demanda que também aumentou, como acontece em Montenegro, onde muitos bairros não são atendidos pelas entregas de correspondências por falta de trabalhadores”, destaca Silva. “Até a data limite estipulada pelo movimento, os serviços continuarão normalmente”, finaliza.
Saiba quais são as reivindicações da categoria
– Contra a cobrança de mensalidade no Plano de Saúde;
– Contra a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e em defesa de uma empresa pública e de qualidade;
– Contra o sucateamento da ECT;
– Contra a privatização dos Correios.