Ela ficou conhecida por chegar a ter 105 cães na casa onde mora, no bairro Santo Antônio. Atualmente, Maria Terezinha Augusto da Rosa, 64 anos, divide a moradia com 78 cachorros. O número diminuiu um pouco, mas ainda é grande, assim como as dificuldades que enfrenta. E, mais uma vez, ela precisa de ajuda da comunidade.
Sua situação sempre foi difícil, mas piorou ainda mais em janeiro. Há mais de dois anos, por decisão judicial, Terezinha passou a receber auxílio da Prefeitura. O acordo, após audiência no Forum, em dezembro de 2013, com a participação do Ministério Público, estabeleceu à Prefeitura fazer o repasse de 175 quilos de ração por semana, além de 25 litros de água sanitária para limpeza.
A medida amenizou a situação de Terezinha, mas, há cerca de um mês, ela não vem recebendo a ração. “E a água sanitária, acho que desde outubro do ano passado eu não ganho”, afirma. O secretário municipal de Viação e Serviços Urbanos, Ricardo Endres, que também responde pela Secretaria do Meio Ambiente, garante que a situação será normalizada em poucos dias.
Ele afirma que o recurso já está previsto e a ração em atraso será repassada. Em relação à água sanitária, porém, antecipa que irá demorar mais alguns dias, mas que também deverá ser normalizada. Endres lembra que se trata de uma decisão judicial e, portanto, o Município terá que regularizar a situação.
Terezinha anseia por isso e tem procurado a Justiça para garantir o auxílio, pois, se com o repasse já era difícil, sem ele é pior ainda. Ela conta que, na semana passada, os cães chegaram a ficar três dias sem ração. “Quando não tem comida, eles se mordem e acabam se machucando e tendo bicheira”, observa.
Sua única renda é de um salário mínimo de aposentadoria. Do valor são descontados cerca de R$ 300,00 para pagamento de um empréstimo que realizou para compra de ração para os cachorros há mais de dois anos, mas que ainda ainda conseguiu liquidar. Sobram pouco mais de R$ 500,00, insuficientes para se manter. Além dos gastos básicos com alimentação, Terezinha precisa comprar alguns medicamentos que utiliza devido a problemas cardíacos. “Nem todos eu consigo na Assistência”, afirma.
Por isso, mesmo quando normalizarem os repasses de ração, Terezinha continuará enfrentando dificuldades. Não raro, precisa repartir sua comida com os cães que acolheu. “Não consigo comer e deixar eles sem”, afirma. Ela acrescenta que, muitas vezes, a comida é de doação de uma amiga que a ajuda sempre que possível.
Como ajudar
Interessados em auxiliar podem fazer contato com Terezinha pelo telefone 99771-3444 ou ir a sua casa, na Estrada Morro da Formiga, no bairro Santo Antônio.
A ajuda pode ser com alimentos para ela, ração para os cães, material de limpeza ou em dinheiro.
Interessados em adotar os animais, são todos adultos. Terezinha calcula que o mais novo tem cinco anos e, o mais velho, 16. As fêmeas são todas castradas.