Após a reportagem publicada pelo Ibiá na edição da última terça-feira, 27, expondo a realidade dos moradores das margens da BR-470, no trecho não pavimentado entre o bairro Aeroclube e a localidade de Fortaleza, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que a pavimentação do trecho está sendo estudada. Conforme o Dnit, a pavimentação do segmento da BR-470, que liga a RS-124 com a BR-386, é atualmente objeto de estudos para definir a viabilidade da implantação pelo Departamento.
A autarquia ressalta que por se tratar de segmento não pavimentado, é realizada a conservação corretiva rotineira da rodovia, o que de pronto tem sido atendido. “A empresa contratada executa os serviços de reconformação e recomposição da plataforma da rodovia BR-470, mantendo condições de tráfego ao segmento não pavimentado”, diz a nota.
Nesta semana, os moradores entregaram um abaixo-assinado à vereadora Josi Paz (PP) solicitando o asfaltamento e melhorias de segurança no trecho. Em contato com a parlamentar, ela informou que está ajustando agenda com Dnit para levar ofício com o abaixo-assinado em anexo.
Moradores reforçam apelo pela pavimentação
Moradora há mais de 20 anos no local, Maria Lúcia Machado relatou com frustração o impacto da falta de pavimentação. Para ela, o asfalto é uma necessidade urgente para garantir mais qualidade de vida. “Só o que a gente quer é esse asfalto, porque a poeira é insuportável e com a falta de pavimentação, estamos sofrendo todos os dias”, afirmou.
Ela relatou ainda o agravamento da situação com a passagem constante de caminhões pesados, o que contribui para a quantidade de poeira na região. “Temos que lidar com o poeirão diário. Qualquer um que passar o dia aqui pode ver a quantidade de poeira que levantam. Está insuportável”, desabafou.
A solicitação de melhorias na rodovia não é nova, mas os moradores não deixam de se mobilizar. “Já fizemos um abaixo-assinado que foi enviado para Brasília e, mesmo assim, nada aconteceu. A situação continua a mesma”, comentou Maria Lúcia, destacando também a importância do apoio da Prefeitura. “Precisamos que a Prefeitura nos ajude a pressionar o Dnit, ou, se for o caso, que a própria Prefeitura faça algo”, completou.
Além disso, a moradora lembra que a situação é ainda mais complicada para aqueles que têm casas próximas à estrada, onde a poeira entra constantemente. “Estamos vivendo com a casa fechada o tempo todo. É insuportável. A gente até teve que adaptar as janelas, mas o problema persiste”, conclui.