Grana terá usos diversos, desde viagem à Europa até quitação de dívidas
Na última sexta-feira, 10, iniciou o pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em todas as agências da Caixa Econômica Federal. Trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro recebem primeiro. Na Caixa de Montenegro, na manhã da sexta, por volta das 10h, aproximadamente 40 fichas tinham sido entregues para saque e outras 40 para ajuda e informações. Essas somas não contabilizam as transações nos terminais eletrônicos.
O atendimento estava organizado e orientado. Funcionários e até mesmo o gerente geral ajudava no acolhimento e direcionamento das pessoas.
A liberação do dinheiro retido veio em boa hora para muitos montenegrinos, seja para complementar planos, realizar novos ou para pagar dívidas. Muitos, porém, foram em busca de informações. Caso de Lealcino Rosa da Silva, 65 anos, que compareceu à agência no primeiro dia a pedido do filho Cristiano Rosa da Silva, 42 anos. A ideia era que o pai se informasse sobre a possibilidade de um valor e a retirada dele, pelo tempo de trabalho em uma empresa há 20 anos. “Ele está trabalhando, aí eu vim no seu lugar”, explica Lealcino.
Viagens, fraldas e pé-de-meia
Nascido em fevereiro e aposentado por invalidez em 2002, Cebeni Motta, 66 anos, foi à Caixa ver o valor disponível na sua conta inativa. De acordo com ele, a filha viu o comunicado pela internet e o informou. Sem saber a quantia do abono, ele tem dúvidas sobre o destino do dinheiro.
Essa incerteza, porém, não se aplica em Camila Maurer, 26 anos, estudante de Arquitetura. O último desligamento dela de uma empresa foi em 2015. “Mas trabalhei em pelo menos mais um local”, afirma. Ela, que está com viagem à Europa marcada para abril, vai fazer bom proveito do dinheiro. “Com estou indo para morar no continente europeu, vou usar o abono para custear minha instalação lá”, destaca.
Alexander Bruno Cezar, 28 anos, disse que tem um valor na sua conta, que ainda falta receber, referente ao último trabalho. Durante quatro meses ele prestou serviço a uma empresa e se desligou em 2011. “Esse dinheiro veio em uma ótima hora. Usarei para pagar as contas, o que é muito importante, e também com fraldas e leite para a minha filha de nove meses.”
Tem ainda quem escolheu guardar o valor para fazer um pé-de-meia. Heitor da Silva, 45 anos, acompanhou a esposa, Neli Ventura, para a transferência do valor referente aos anos trabalhados na Marcel Ronnel, empresa que fechou as portas em Montenegro. “Até que estava tudo bem organizado. Não tivemos problemas para entrar na agência. Por enquanto deixaremos o dinheiro guardado. Depois programaremos um investimento”, diz.