Cinomose: doença fatal para os cães tem casos numerosos em Montenegro

Pet. É crescente a quantidade de cães que manifestam os sintomas

O número de casos de cães que estão contraindo a cinomose vem crescendo em Montenegro e preocupando moradores e veterinários, como a veterinária Vanessa Daudt Schönell. Ela afirma ter notado um aumento do número de casos atendidos pela clínica em que trabalha. Além disso, Vanessa notou o crescimento, também, da procura por medicamentos pelos clientes.

Um cachorro de rua foi socorrido por uma moradora de Montenegro que contatou a VidaPet, clínica em que Vanessa trabalha, para tratar do animal. O cachorro com a doença estava na casa da moradora, já que poderia contaminar a clínica e os outros cachorros do local poderiam contrair a doença. O animal estava em estágio avançado da cinomose, com danos neurológicos graves e irreversíveis, por isso, foi eutanasiado nessa semana. A eutanásia é o ato intencional de proporcionar uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa.

Outra moradora da cidade, que não quis ter o nome divulgado, está preocupada com a situação, pois, segundo ela, no bairro Timbaúva dois cachorros já morreram com os sintomas da doença. “Todo cuidado é pouco. Vou levar os meus [cachorros] para vacinar hoje à tarde.” A doença, que afeta apenas os cães, é sistêmica e pode ser fatal aos animais pela pneumonia que causa, mas, principalmente pelas lesões no sistema nervoso central, polioencefalomalacia (termo que indica um diagnóstico morfológico em que necrose neuronal grave resulta em amolecimento da substância cinzenta do cérebro), e meningite. Porém, segundo a veterinária Vanessa Daudt, o risco de morte é reduzido quando há tratamento adequado e na fase inicial.

O crescimento de casos na cidade se dá pelo fato de a doença ser contagiosa. “A doença é altamente contagiosa em populações suscetíveis que são principalmente os cães não vacinados, filhotes, cães que estejam com a imunidade comprometida seja por doença concomitante ou estresse. É transmitida entre os cães através do contato oronasal com secreções ou por gotículas no ar”, explica a veterinária.

Os sintomas da doença variam conforme a idade e imunidade. “Na forma branda ocorre inapetência, febre, secreção ocular e nasal, tosse e dificuldade respiratória e na forma grave (a mais conhecida) conjuntivite, tosse seca que evolui para produtiva, inapetência, vômito, diarréia e desidratação.
As manifestações neurológicas como mioclonia, convulsões e perda da mobilidade dos membros posteriores ocorrem geralmente 1 a 3 semanas após a recuperação da doença sistêmica”, salienta Vanessa. A veterinária não tem um número exato sobre quantos casos já ocorreram na cidade, mas afirma que em sua clínica, aproximadamente 30 cães já devem ter sido atendidos desde o início do ano. Quanto à prevenção, é simples: através da vacinação, que segundo a veterinária, é imprescindível.

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