NO BRASIL separações apresentaram crescimento e casamentos redução
Dados das Estatísticas do Registro Civil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, mostram que o número de casamentos registrados no Brasil em 2022 totalizou 961.580, um aumento de 4% em relação a 2021, que somou 924.217. O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados em cartórios de registro civil em 2022 também cresceu 19,8% em relação a 2021 no Brasil. Com 11 mil registros, esse foi o número mais alto desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem a celebrar esse tipo de união.
A maioria dos casamentos de pessoas do mesmo sexo ocorreu entre cônjuges femininos (60,2%), com 6.592 registros. Já entre os masculinos somou 4.318. Apesar do crescimento, o casamento civil de pessoas do mesmo sexo representou apenas 1,1% do total dos casamentos anotados no país em 2022.
Em Montenegro, em 2022, foram registrados 268 casamentos no total, contra 230 em 2021. Sendo assim, o número deu um salto. No período da pandemia, em 2020, por exemplo, o ano teve a maior baixa, somando apenas 191 registros. Quanto aos casamentos homoafetivos, em 2020, foram dois, um entre mulheres e um entre homens. No ano seguinte, foi registrado um casamento entre homens e dois entre mulheres. Já em 2022, foi registrado um casamento entre homens e três entre mulheres, maior número desde a última pesquisa fornecida, em 2013, quando não houve nenhum casamento homoafetivo.
Já no Rio Grande do Sul, 2022 registrou 37.575 casamentos no total, o maior número desde 2019, que somou 37.294. Quanto aos casamentos homoafetivos, houve um salto também entre 2020 (somando 102 entre homens) para 2022 (que somou 166). Já entre mulheres, em 2020 o número foi 151, subindo para 271 em 2022. Sendo assim, o número total de casamentos homoafetivos em 2022 foi de 437, contra 344 em 2021.
O número total de casamentos no país apresentou tendência de queda de 2015 a 2020, com a menor quantidade de registros em 2020, devido à pandemia de Covid-19. Em 2015 foram 1.126.535 registros e em 2020, 750.321. Mesmo com os crescimentos, em 2021, que somou 924.217 registros e 2022, com 961.580, os números ainda não superaram a média dos cinco anos antes da pandemia.
O IBGE também percebeu que tem havido aumento na idade dos cônjuges no Brasil. Em 2000, apenas 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais, percentual que passou para 24,1% em 2022. Entre os homens, o número subiu de 10,2% para 30,4% no mesmo período. As mulheres estão casando com idade em torno de 29 anos e os homens, em torno de 31.
Menos divórcios aqui
Foram contabilizados, em 2022, 420 mil divórcios concedidos em primeira instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, ou seja, 8,6% a mais do que em 2021 (386,8 mil). Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas, 44 anos, do que as mulheres, com 41.
Em Montenegro, em 2022 foram 92 divórcios, número menor que em 2021, que fechou com 110, mas maior que 2020, que registrou 64. Já no Rio Grande do Sul, em 2022 foram 14.195 divórcios, número que aumentou desde 2021, que fechou com 13.441. Também tem crescente em relação a 2020, que registrou 11.058 divórcios.
Os divórcios judiciais concedidos em primeira instância responderam por 81,1% dos divórcios do país em 2022. A maior proporção desse tipo de dissolução do casamento, em 2022, ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos com menos de 18 anos (47%).