Calor está com os dias contados nas salas de aula da “Tio Riba”

Rede elétrica está sendo avaliada para instalação de condicionadores de ar

O problema dos condicionadores de ar das salas de aula da Escola Municipal de Educação Infantil Adenillo Edgar Rübenich, a “Tio Riba”, está a um passo de ser solucionado. A situação, que desde o ano passado tem incomodado pais e alunos da instituição, teve uma reviravolta neste mês.

Patrícia Griebeler, presidente do Conselho de Pais e Mestres, relata que, com o auxílio de um eletricista, uma nova medição na rede de energia da Tio Riba foi realizada. Anteriormente, para o funcionamento adequado dos aparelhos, havia o requerimento de uma subestação. Isso porque a rede da Emei – e mais outras três escolas do município – não comportava o funcionamento, em quilowatts, de mais esses equipamentos, além dos que já são utilizados na rotina escolar. Quedas de luz e curtos poderiam atingir o prédio. A estação secundária seria para comportar a demanda de energia solicitada e a única alternativa viável para resolver a questão.

“Pela medição do eletricista Carlos, a princípio, não será mais necessária uma subestação para a instalação dos aparelhos. Isso reduzirá muito os gastos. Ainda falta apresentar o projeto, mas ficamos muito felizes”, afirma Patrícia. O profissional propõe adequações na rede da Emei, como troca de fios, entre outras medidas, o que otimizaria o consumo e permitiria o pleno funcionamento dos aparelhos sem a necessidade de instalação de uma subestação.

De acordo com a secretária municipal de Educação e Cultura, Silvana Schallenberger, a construção da subestação na escola Tio Riba custaria entre R$ 150 mil e R$ 200 mil. Porém, para buscar uma alternativa com custos mais viáveis junto à empresa RGE (antiga AES Sul), um estudo está sendo feito no local. “Deverá ser uma medida que não ofereça riscos à instituição e nem necessite da instalação da nova rede. A avaliação é feita através de um engenheiro elétrico”, conclui.

O posicionamento da RGE
De acordo com assessoria de comunicação da RGE, as escolas têm de solicitar junto à prestadora o aumento de carga, pois irão incorporar equipamentos que não estão inclusos na carga atual. No caso específico da Tio Riba, segundo posicionamento, a avaliação já foi feita e a nova carga deverá ser superior a 75 kw. “A escola terá que apresentar projeto à concessionária para instalação de uma subestação. Os custos dessas obras são de responsabilidade do cliente, conforme determina a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica. Todas essas informações já foram passadas à Prefeitura municipal em reuniões com representantes da RGE Sul”, informam.

Solucionando o problema, finalmente
No último mês, uma alternativa alegrou os pais, segundo a presidente Patrícia, e trouxe esperanças de acabar com a “sauna diária”. Uma reunião já foi realizada na Estação da Cultura, juntamente com a comunidade e representantes do município, para debater o assunto e avaliar as possibilidades de instalação dos aparelhos na Tio Riba. De acordo com ela, no dia 16, houve uma votação na Câmara, em que todos os vereadores deliberaram por apoiar a causa da escola. “O próximo passo é uma reunião com a RGE, Smec, CPM da escola, vereadores e comunidade para o repasse do projeto do nosso eletricista. Temos ainda um longo caminho, mas, pela primeira vez, tivemos um sim. Até então, só havíamos recebido não”, explica.

Todos os pais de alunos da instituição estão mobilizados e esperançosos de que, dessa vez, a colocação dos equipamentos dê certo. “Só esperamos receber ajuda da Smec, da secretária Silvana e da Prefeitura. Contamos muito com a ajuda deles”, conclui Patrícia.

Entenda o caso
Em novembro do ano passado, o Ibiá divulgou uma matéria sobre os problemas causados pelo calor em três escolas municipais de Educação Infantil de Montenegro. Círculos de Pais e Mestres das instituições de ensino, cansados de esperar pela compra e colocação de aparelhos de ar-condicionado, organizaram-se para custear os equipamentos. Porém, a rede elétrica foi o obstáculo em todas elas para a instalação dos aparelhos. Isso porque as escolas estavam no limite de consumo de quilowatts e precisariam de uma subestação cada uma para suprir o novo gasto elétrico.

Na Tio Riba, o dinheiro para a compra dos equipamentos chegou a ser arrecadado, porém, teve que ser gasto em outras necessidades escolares. Agora, a situação está a um passo de ser resolvida.

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