Confraternização. Tradicional evento comemorativo será realizado nesta tarde
A Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas de Campo do Meio (Oase) realiza, na tarde de hoje, o tradicional Café das Mães. É uma antiga tradição e os últimos três dias foram de intensa mobilização de dezenas de mulheres, pelo menos 50 integrantes da entidade, para preparar os alimentos que vão ser servidos. Todos os pratos são artesanais, produzidos pelas próprias senhoras do grupo.
A cozinha anexa ao Ginásio de Campo do Meio virou o “quartel-general” destas dedicadas voluntárias. O ritmo de trabalho se assemelha ao de uma grande confeitaria industrial. O regime é colaborativo: cada uma ajuda onde se faz necessário, seja mexer uma massa, quebrar ovos, fatiar pães ou cuidar das panelas.
Dentre as delícias do café colonial, estão mais de 40 variedades de doces e salgados, como cucas, pizzas, tortas, roscas, folheados, além de pães, doces de frutas, linguiça, morcilha e torresmo. Para beber, é oferecido café preto ou com leite e chá. Os números são superlativos. Para preparar os quitutes, foram usados mais de 200 quilos de farinha de trigo, assim como 400 litros de leite.
A presidente da Oase, Marisa Gerhardt de Souza, espera cerca de mil pessoas no evento. “Vamos distribuir senhas, assim o pessoal não precisa aguardar em filas. Quem quiser também pode levar para casa, montamos um kit”, aponta a presidente. A animação ficará por conta de Eduardo Banda Show.
Os ingressos estão sendo comercializados a R$ 25,00 e os recursos levantados vão financiar outras atividades do grupo. “Nós precisamos de transporte para eventos de outros grupos e também fazemos doações para entidades assistenciais de Montenegro”, explica Marisa.
Histórias de vida e de solidariedade cultivadas há décadas
Hoje são usados pelo menos dois fornos a gás e um outro vertical que funciona também com energia elétrica. Mas nem sempre foi assim. Aos 80 anos de idade, Lídia Derlam participa do grupo desde os 24 anos. Ela conta que antigamente a tecnologia não era a mesma de hoje. “Eu cuidava os fornos à lenha na rua. Tinha frio, vento, mas valia a pena, por estar junto com as amigas, ajudando no trabalho”, recorda.
A irmã de Lídia, a voluntária Elga entrou para a entidade beneficente em 1965, aos 26 anos de idade. Ela lembra que era uma honra ser convidada a integrar a Oase. “A gente achava que não sabia fazer nada, mas o pessoal sempre nos incentivava a participar, seja dos estudos bíblicos, ou a preparar os alimentos para as festas”, conta.
Além dessas atividades, as mulheres da Oase também realizam visitas a asilos e a famílias para dar apoio em momentos em que alguém está com problemas de saúde. “Gosto muito da amizade que temos aqui. De realizar as visitas aos doentes. Não me imagino fora do grupo, não dá pra ficar apenas em casa, sem fazer novas amizades”, afirma a voluntária Hedi Kochenborger, de 71 anos.
Antes do café colonial, será celebrado um culto na Igreja Luterana da localidade, a partir das 14h. O evento se estende até as 21h e os ingressos podem ser adquiridos no local da festa, o Ginásio de Esportes da comunidade de Campo do Meio.